Investidores temem calote da chinesa Evergrande e Bolsa fecha em queda
Ibovespa recuou 2,33%, indo a 108.842,94 pontos; dólar comercial subiu para R$ 5,33
O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou o pregão desta 2ª feira (20.set) com queda de 2,33% - aos 108.842,94 pontos. O resultado acompanha a preocupação internacional com a gigante chinesa do setor imobiliário Evergrande.
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Os investidores temem um calote por parte da segunda maior incorporadora da China; a empresa, que tem mais de 1 mil projetos em andamento, apresenta saldo devedor de US$ 300 bilhões (R$ 1,60 trilhão). Segundo a XP Investimentos, bancos chineses receberam alerta sobre a possível falta de caixa por parte da Evergrande para pagar os juros das dívidas que vencem em 20 de setembro.
As dificuldades da companhia podem frear o mercado da construção civil na China e reduzir a demanda pelo aço, cujo preço já caiu também devido ao receio dos investidores. Para Jennie Li, da XP, a estrategista global do J.P. Morgan, Gabriela Santos, disse que em algum momento o governo chinês pode intervir para evitar o problema da companhia de afetar toda a economia do país.
Nesta 2ª feira, não foi apenas a Bolsa de São Paulo que recuou: as de Hong Kong (-3,3%), Londres (-0,86%), Frankfurt (-2,31%) e Paris (-1,74%) também fecharam em queda. No ano, a B3 acumula recuo de 6,37%. O melhor desempenho ocorreu em 7 de junho, quando o Ibovespa atingiu 130.776 pontos. De lá para cá, vem acumulando perdas, ficando em 121.800 em julho, 119.739 em agosto e 111.439 na última 6ª feira (17.set).
No pregão desta 2ª, a pontuação mínima permaneceu em 107.520,14, às 14h10. Logo pela manhã, de 10h10 para 10h15, o indicador foi de 111.289,04 a 109.600,56 - a maior variação do dia. Os 108.842,94 pontos do fechamento, de acordo com a agência Reuters, é o menor patamar desde 23 de novembro do ano passado, quando o Ibovespa chegou a 107.378.
As ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da operadora e agência de viagens CVC foram as que mais valorizaram no dia: 0,96% e 0,59%, respectivamente. Já as da Braskem e da Cielo tiveram as principais quedas: 11,68% e 6,1%. O dólar comercial subiu para R$ 5,33.
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