Economia
Cielo diz que "nenhuma empresa está 100% adequada a inclusão e diversidade"
Paulo Caffarelli, presidente da Cielo,anuncia manifesto e prepara metas até 2030
Roseann Kennedy
• Atualizado em
Publicidade
A Cielo vai lançar nesta 2ª feira (12.abr) o Manifesto de Inclusão e Diversidade na empresa. O documento foi discutido ao longo dos últimos meses por diferentes grupos da companhia, tem seis compromissos e foi anunciado com exclusividade pelo presidente da empresa, Paulo Caffarelli, em entrevista ao Poder em Foco, no SBT, que vai ao ar neste domingo (11.abr).
"Tenho certeza que não existe ainda nenhuma empresa 100% adequada. É um desafio grande pela frente e espero que no futuro a gente tenha vergonha de olhar pra trás e lembrar que tinha que cuidar desse tipo de situação, que não era uma coisa natural", afirmou.
Para identificar as medidas necessárias para não só estabelecer metas, mas criar uma cultura de inclusão e diversidade na empresa, a Cielo criou quatro grupos - raça, gênero, LGBTQIA+ e PCD.
Os seis pontos do manifesto são liderança inclusiva, representatividade, desenvolvimento de carreira, cultura inclusiva, orientação para stakeholder e estrutura interna.
O documento destaca, entre outros pontos, a necessidade de "apoiar o desenvolvimento de carreira de grupos minorizados, garantindo igualdade de oportunidades em promoções e movimentações, e, combatendo os vieses inconscientes de forma ativa".
Também ressalta que é preciso desenvolver uma cultura organizacional antimachista, antirracista, anticapacitista e AntiLGBTfóbica.
"Igualdade não pode ser um protocolo. A gente não pode cumprir tabela com relação à inclusão. Inclusão é uma questão de atitude. Competência e talento pra mim não pode ter gênero, não pode ter orientação sexual, não pode ter cor, não pode ter classe social, não pode ter idade e você tem que auxiliar as pessoas com deficiência", defendeu.
Cotas e metas
Enquanto esse equilíbrio no mercado de trabalho não existe, Paulo Caffarelli é favorável à adoção de cotas e metas. A expectativa da empresa é de, nas próximas semanas, anunciar metas numéricas a serem cumpridas até o ano de 2030, com o objetivo de aumentar a participação dos grupos minorizados na companhia.
Composição atual da Cielo
Raça e Etnias (seguindo critérios do IBGE)
(Fonte: Cielo)
Perfil
Paulo Caffarelli preside a Cielo desde novembro de 2018. É formado em Direito, possui mestrado em Economia e é pós-graduado em Comércio Exterior e em Comércio Internacional. Começou a carreira como menor aprendiz no Banco do Brasil e ficou na instituição por 37 anos. Foi presidente do BB entre maio de 2016 e outubro de 2018. Por lá, também passou por funções como vice-presidente de Cartões e Novos Negócios de Varejo e vice-presidente de Negócios de Atacado.
Caffarelli já foi diretor corporativo da CSN de 2015 a 2016, secretário-executivo do Ministério da Fazenda em 2014. É conselheiro da Suzano desde junho de 2020 e já integrou conselhos de outras empresas, como Vale, Banco Votorantim e a própria Cielo.
A Cielo, empresa líder em pagamentos eletrônicos no Brasil, fez 6,2 bilhões de transações em 2020 e movimentou R$ 644 bilhões em volume financeiro. Hoje tem mais de 1,4 milhão de clientes, desde empregadores individuais até grandes varejistas em todo o país. Segundo Caffarelli, as tecnologias da Cielo funcionam atualmente em todos os municípios brasileiros.
Poder em Foco
O Poder em Foco vai ao ar na madrugada deste domingo (11.abr) para segunda, 00h45, no SBT. É apresentado pela jornalista Roseann Kennedy que, semanalmente, recebe uma personalidade do ambiente do poder para tratar assuntos importantes da pauta nacional.
"Tenho certeza que não existe ainda nenhuma empresa 100% adequada. É um desafio grande pela frente e espero que no futuro a gente tenha vergonha de olhar pra trás e lembrar que tinha que cuidar desse tipo de situação, que não era uma coisa natural", afirmou.
Para identificar as medidas necessárias para não só estabelecer metas, mas criar uma cultura de inclusão e diversidade na empresa, a Cielo criou quatro grupos - raça, gênero, LGBTQIA+ e PCD.
Os seis pontos do manifesto são liderança inclusiva, representatividade, desenvolvimento de carreira, cultura inclusiva, orientação para stakeholder e estrutura interna.
O documento destaca, entre outros pontos, a necessidade de "apoiar o desenvolvimento de carreira de grupos minorizados, garantindo igualdade de oportunidades em promoções e movimentações, e, combatendo os vieses inconscientes de forma ativa".
Também ressalta que é preciso desenvolver uma cultura organizacional antimachista, antirracista, anticapacitista e AntiLGBTfóbica.
"Igualdade não pode ser um protocolo. A gente não pode cumprir tabela com relação à inclusão. Inclusão é uma questão de atitude. Competência e talento pra mim não pode ter gênero, não pode ter orientação sexual, não pode ter cor, não pode ter classe social, não pode ter idade e você tem que auxiliar as pessoas com deficiência", defendeu.
Cotas e metas
Enquanto esse equilíbrio no mercado de trabalho não existe, Paulo Caffarelli é favorável à adoção de cotas e metas. A expectativa da empresa é de, nas próximas semanas, anunciar metas numéricas a serem cumpridas até o ano de 2030, com o objetivo de aumentar a participação dos grupos minorizados na companhia.
Composição atual da Cielo
Masculino | Feminino | |
Distribuição por Gênero | 60% | 40% |
Alta Liderança | 74% | 26% |
Raça e Etnias (seguindo critérios do IBGE)
Branca | 63,35% |
Parda | 21,36% |
Preta | 4,71% |
Amarela | 2,09% |
Indígena | 0,14% |
Não informada | 8,35% |
Perfil
Paulo Caffarelli preside a Cielo desde novembro de 2018. É formado em Direito, possui mestrado em Economia e é pós-graduado em Comércio Exterior e em Comércio Internacional. Começou a carreira como menor aprendiz no Banco do Brasil e ficou na instituição por 37 anos. Foi presidente do BB entre maio de 2016 e outubro de 2018. Por lá, também passou por funções como vice-presidente de Cartões e Novos Negócios de Varejo e vice-presidente de Negócios de Atacado.
Caffarelli já foi diretor corporativo da CSN de 2015 a 2016, secretário-executivo do Ministério da Fazenda em 2014. É conselheiro da Suzano desde junho de 2020 e já integrou conselhos de outras empresas, como Vale, Banco Votorantim e a própria Cielo.
A Cielo, empresa líder em pagamentos eletrônicos no Brasil, fez 6,2 bilhões de transações em 2020 e movimentou R$ 644 bilhões em volume financeiro. Hoje tem mais de 1,4 milhão de clientes, desde empregadores individuais até grandes varejistas em todo o país. Segundo Caffarelli, as tecnologias da Cielo funcionam atualmente em todos os municípios brasileiros.
Poder em Foco
O Poder em Foco vai ao ar na madrugada deste domingo (11.abr) para segunda, 00h45, no SBT. É apresentado pela jornalista Roseann Kennedy que, semanalmente, recebe uma personalidade do ambiente do poder para tratar assuntos importantes da pauta nacional.
Publicidade