Economia
Veto de Fachin suspende avanço de arma estrangeira sobre mercado de R$ 1,2 bi
SBT News revela que 92% dos armamentos registrados em 2020 são da indústria nacional. Veja a lista por empresa
SBT News
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O mercado de armas no Brasil movimentou ao menos R$ 1,2 bilhão em 2020. Desse total, praticamente todo o valor ficou entre as fabricantes brasileiras: elas foram responsáveis por produzir 92% das 144.707 armas que foram registradas no ano. Com o veto à redução do imposto sobre a importação, dado nesta 2ª feira (14.dez) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, o avanço do mercado de arma estrangeiro deve ser interrompido no Brasil.
As informações são de levantamento feito pelo SBT News por meio da Lei de Acesso à Informação à Polícia Federal. Os valores das armas levaram em conta o preço médio de compra das armas citadas no Sistema Nacional de Armas.
Os dados se referem ao registrado entre os meses de janeiro e outubro deste ano. Por estimativa sobre a média, 2020 deve fechar com ao menos 168.825 armas registradas e com a movimentação bilionária.
Entre as armas que foram registradas até outubro, 134.491 foram produzidas por empresas nacionais. A principal fabricante brasileira foi a Taurus, com produção de 95.145 das armas registradas, seguida pela CBC, do mesmo grupo empresarial, com 22.815. Atrás vêm a Boito, com 9.177; e a estatal Imbel, com 1.468. De todo o R$ 1,2 bilhão estimado do setor, as empresas brasileiras ficaram com, ao menos, R$ 1 bilhão.
Os registros de armas importadas foram bem inferiores ao mercado brasileiro. Até outubro, foram 10.216 armas que vieram de outros países. A principal importadora foi a austríaca Glock, que enviou 5.516 das armas registradas. Em segundo lugar, foi a fabricante norte-americana Smith & Wesson, com 669, e em terceiro, a italiana Beretta, com 378 armas. Na sequência estão as norte-americanas Mossberg (285) e Winchester (254). Confira um comparativo entre as empresas:
Na última semana, o governo federal publicou um decreto que reduzia a zero o imposto sobre importação de revólveres e pistolas. A medida teria influência direta na ampliação do comércio de armas estrangeiras no país, e passaria a valer em janeiro de 2021. A decisão do ministro Edson Fachin, no entanto, anulou a medida do presidente Jair Bolsonaro.
Nos primeiros nove meses de 2020, mais de 83 mil registros de armas estavam em nome de civis. O número é três vezes maior que o do mesmo período de 2018, quando eram 27 mil. Esse crescimento está relacionado aos decretos e portarias que facilitaram o acesso às armas no governo Bolsonaro. Foram mais de 20. Quem quiser adquirir uma arma de fogo hoje em dia, por exemplo, não precisa mais apresentar justificativa. Confira um vídeo que mostra o aumento dos registros por estado, em comparação com 2018:
As informações são de levantamento feito pelo SBT News por meio da Lei de Acesso à Informação à Polícia Federal. Os valores das armas levaram em conta o preço médio de compra das armas citadas no Sistema Nacional de Armas.
Os dados se referem ao registrado entre os meses de janeiro e outubro deste ano. Por estimativa sobre a média, 2020 deve fechar com ao menos 168.825 armas registradas e com a movimentação bilionária.
Entre as armas que foram registradas até outubro, 134.491 foram produzidas por empresas nacionais. A principal fabricante brasileira foi a Taurus, com produção de 95.145 das armas registradas, seguida pela CBC, do mesmo grupo empresarial, com 22.815. Atrás vêm a Boito, com 9.177; e a estatal Imbel, com 1.468. De todo o R$ 1,2 bilhão estimado do setor, as empresas brasileiras ficaram com, ao menos, R$ 1 bilhão.
Os registros de armas importadas foram bem inferiores ao mercado brasileiro. Até outubro, foram 10.216 armas que vieram de outros países. A principal importadora foi a austríaca Glock, que enviou 5.516 das armas registradas. Em segundo lugar, foi a fabricante norte-americana Smith & Wesson, com 669, e em terceiro, a italiana Beretta, com 378 armas. Na sequência estão as norte-americanas Mossberg (285) e Winchester (254). Confira um comparativo entre as empresas:
Impacto da importação
Na última semana, o governo federal publicou um decreto que reduzia a zero o imposto sobre importação de revólveres e pistolas. A medida teria influência direta na ampliação do comércio de armas estrangeiras no país, e passaria a valer em janeiro de 2021. A decisão do ministro Edson Fachin, no entanto, anulou a medida do presidente Jair Bolsonaro.
Armas nas mãos de civis
Nos primeiros nove meses de 2020, mais de 83 mil registros de armas estavam em nome de civis. O número é três vezes maior que o do mesmo período de 2018, quando eram 27 mil. Esse crescimento está relacionado aos decretos e portarias que facilitaram o acesso às armas no governo Bolsonaro. Foram mais de 20. Quem quiser adquirir uma arma de fogo hoje em dia, por exemplo, não precisa mais apresentar justificativa. Confira um vídeo que mostra o aumento dos registros por estado, em comparação com 2018:
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