Pandemia fez brasileiro de classe média deixar de consumir R$247 bilhões
Estudo revela também que 64% dos economicamente ativos estão com algum tipo de dívida, o que representa 56 milhões de pessoas
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Uma pesquisa mostrou que 53% da classe-média brasileira, ou seja, aqueles que ganham entre R$2.971,37 e R$7.202,57 por mês, tiveram que cortar gastos relacionados ao setor de serviços. O estudo, divulgado na última segunda-feira (9) pelo Instituto Locomotiva, apontou ainda que os brasileiros vão deixar de consumir R$247 bilhões em 2020.
Das pessoas que se enquadram nessa faixa salarial, 35% não conseguiram manter empregadas domésticas ou babás, 19% cancelaram os planos de saúde e 15% deixaram de pagar a mensalidade em escolas particulares.
A pandemia do novo coronavírus ocasionou a demissão de centenas de milhares de pessoas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que 897 mil vagas de emprego foram extintas de março a setembro deste ano, algo que refletiu consideravelmente na economia. Cerca de 105 milhões de pessoas podem ser consideradas de classe-média no Brasil. Dessas, 88 milhões são economicamente ativas e mais da metade - 56 milhões - está endividada.
"A gente teve que determinar prioridades: manter a internet para que eles pudessem continuar estudando. O restante, a gente foi cancelando", relatou o fotógrafo Clóvis Prestes, que teve de abrir mão da assistência médica para manter os filhos na rede privada de educação. Ele e a esposa Val Muniz, também fotógrafa, atuavam em eventos antes do vírus chegar ao Brasil e tiveram que se adaptar à fotografia de alimentos. "Vão abrindo brechas que a gente tem que agarrar com esperança", contou Val.
Das pessoas que se enquadram nessa faixa salarial, 35% não conseguiram manter empregadas domésticas ou babás, 19% cancelaram os planos de saúde e 15% deixaram de pagar a mensalidade em escolas particulares.
A pandemia do novo coronavírus ocasionou a demissão de centenas de milhares de pessoas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que 897 mil vagas de emprego foram extintas de março a setembro deste ano, algo que refletiu consideravelmente na economia. Cerca de 105 milhões de pessoas podem ser consideradas de classe-média no Brasil. Dessas, 88 milhões são economicamente ativas e mais da metade - 56 milhões - está endividada.
"A gente teve que determinar prioridades: manter a internet para que eles pudessem continuar estudando. O restante, a gente foi cancelando", relatou o fotógrafo Clóvis Prestes, que teve de abrir mão da assistência médica para manter os filhos na rede privada de educação. Ele e a esposa Val Muniz, também fotógrafa, atuavam em eventos antes do vírus chegar ao Brasil e tiveram que se adaptar à fotografia de alimentos. "Vão abrindo brechas que a gente tem que agarrar com esperança", contou Val.
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