Hotéis, turismo e academias ainda têm recuperação lenta em agosto
O setor de serviços voltou a crescer em agosto, mas ainda sofre com os impactos da pandemia, diz IBGE
SBT News
Apesar de acumular ganhos o setor ainda não conseguiu eliminar as perdas registradas entre os meses de fevereiro e julho, e segue 9,0% abaixo do patamar pré-pandemia.
O setor de serviços tem apresentado uma recuperação mais lenta do que a observada no comércio e na indústria, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial.
Todas as cinco atividades pesquisadas mostraram resultados positivos em agosto, com destaque para o avanço dos serviços prestados às famílias (11,4%), seguido pelos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,3%), outros serviços (3,7%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,8%) e informação e comunicação (1,6%).
Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-38,9%) exerceram a influência negativa mais relevante, pressionados, especialmente, pela queda nas receitas de restaurantes; hotéis; e de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. A intensificação da queda deste setor, passando de -38,2% no acumulado até julho para -38,9% no acumulado até agosto, ainda é reflexo do lento ritmo de retomada da prestação de serviços, devido à pandemia.
Com menor impacto no índice geral, os serviços de informação e comunicação (-2,7%) apresentaram perdas de receita especialmente nos segmentos de telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; atividades de exibição cinematográfica; consultoria em tecnologia da informação; e operadoras de TV por satélite.
Em contrapartida, a única contribuição positiva no acumulado de janeiro a agosto de 2020, frente a igual período do ano anterior, ficou com o setor de outros serviços (5,2%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial; e atividades de administração de fundos por contrato ou comissão.
Já o índice de atividades turísticas cresceu 19,3%, quarta taxa positiva seguida. Apesar da recuperação, a atividade também segue longe de recuperar as perdas com a pandemia. No acumulado em 2020, a baixa é de 38,8%.Regionalmente, os destaques de alta foram observados em São Paulo (15,8%) e Rio de Janeiro (15,0%), seguido por Ceará(85,4%), Minas Gerais (22,9%) , Bahia (48,4%), Paraná (28,85) e Goiás (47,15).