SP: comércio online avança seis anos em um semestre com pandemia
Resultado das vendas online em seis meses de 2020 foi o mesmo que a soma entre 2013 e 2019
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O progresso das vendas por e-commerce durante apenas um semestre do ano de 2020 foi o mesmo que o somado nos últimos seis anos (2013 a 2019), segundo levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A participação sobre o comércio varejista saltou de 2,1% para 2,9% (alta de 0,8 ponto porcentual), no período. No entanto, esse ano, o setor precisou apenas de seis meses para obter o mesmo desempenho, crescendo de 2,9% para 3,7% entre janeiro e junho.
"A FecomercioSP estima que a pandemia vai acelerar esse processo, que já estava bastante claro ao longo dos últimos anos, com o aumento da participação do comércio eletrônico - inclusive na própria capital - sobre o total do varejo, uma característica que converge com outras cidades como Nova York, onde a representação dessa modalidade é de cerca de 10% do total do varejo", afirma nota da federação.
No estado de São Paulo, as vendas médias no varejo tradicional por habitante sofreram queda de 9%, enquanto o comércio eletrônico cresceu 17%, do fechamento de 2019 ao fim de junho de 2020.
Já no comparativo de 2013 com o primeiro semestre de 2020, as vendas médias no varejo tradicional por habitante também foram de 9%, porém, no comércio eletrônico, houve elevação de 61%. No mesmo período, houve ainda aumento de 104,6% no número de pedidos de compras online mensais nas plataformas - o pedido mensal é diferente de compra por habitante, pois leva em conta o número de pedidos feitos: nem todas as pessoas fazem pedidos, e quem tem está habituado, pode fazê-lo mais de uma vez por mês.
Nota-se que a variação ocorrida na média do primeiro semestre deste ano com relação à média do ano passado foi de quase 40%, pouco inferior à variação ocorrida no período que compreende de 2013 a 2019 (crescimento de pouco menos de 47%).
Alguns setores do varejo no quais as compras normalmente são menos afeitas às relações de consumo a distância - como é o caso de vestuário -, também viram os horizontes expandirem nessas plataformas de venda.
De acordo com dados da PCCE, da FecomercioSP, no segundo trimestre de 2020 (auge da pandemia), as vendas de bens semiduráveis registraram crescimento de 56,8% no comparativo com o mesmo trimestre do ano passado. Quando comparado aos primeiros três meses, o crescimento foi de 27,4%.
Os efeitos da pandemia e a reação dos empresários foram mais sentidos na capital do que na média do estado, tanto na queda vista nesta primeira metade do ano quanto na velocidade de acesso ao comércio eletrônico, que já era mais presente na capital paulista.
Se em 2019 o consumidor da capital comprava, em média, R$ 57 por mês por meio da internet ou de aplicativos, esse valor deve terminar o ano em um patamar acima, ampliando a importância da ferramenta para o varejo tradicional.