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Economia

Redução do auxílio emergencial pode causar perdas de renda, aponta estudo

Algumas categorias, como cabeleireiros e manicures, podem ter diminuição de quase 20% no salário usual

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Redução do auxílio emergencial pode causar perdas de renda, aponta estudo
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Uma pesquisa do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou que a diminuição do valor e posterior fim das parcelas do auxílio emergencial, cedidas pelo governo em situação de pandemia da Covid-19, deve mudar a situação econômica de parte da população. 

O auxílio deve ser prorrogado até dezembro, segundo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O estudo simulou redução do benefício para parcelas fixas de R$ 300, sem incluir mães de família que ganham 1,2 mil e o resultado fez com que cabeleireiros e manicures fossem os maiores afetados potencialmente, com queda de até 17% no faturamento se comparada antes da pandemia. Taxistas, motoristas de aplicativo e comerciantes deveriam ter queda no ganho de até 12%.

Operadores de telemarketing, porteiros, faxineiro, balconistas de loja, secretárias, entre outros, porém, teriam rendimento maior que o usual com o benefício, mesmo que menor.

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A pesquisa também procurou entender o que aconteceria se o corte no pagamento do auxílio acontecesse pela metade, inclusive para as mães que chefiam a casa, que passariam a receber R$ 600 e não o dobro. Nesse cenário, cabeleireiros e manicures perdem 7% e motoristas e comerciantes 5%.

A receita total do trabalhador, em julho, cresceu 34%, sendo que o mês anterior o ganho foi de 29%. Segundo a pesquisa, a perda em relação a antes da pandemia, sem o pagamento do auxílio é, em média, 14% em julho. Em algumas categorias esse índice passaria dos 30%.

"Uma única parcela representa uma transferência de renda muito superior aos valores anuais do programa Bolsa Família. Diante de tal magnitude, os resultados apontados por diversas estimativas são esperados: o AE representou um acréscimo de renda superior, pelo menos até o momento, às perdas derivadas da crise. Conforme escrevemos em estudo anterior, isso não significa que o auxílio emergencial seja excessivo, mas sim que o nível de pobreza e desigualdade do Brasil é muito alto", conclui estudo.

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