Café, arroz e feijão são os alimentos mais consumidos, aponta IBGE
Após dez anos, brasileiros passaram a ingerir menos açúcar, mas uso da substância continua em patamar elevado
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O café, o arroz e o feijão apresentaram as maiores frequências de consumo alimentar pelos brasileiros entre junho de 2017 e julho de 2018, segundo os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (21). A entidade consultou 46.164 moradores, com 10 anos ou mais de idade, em 20.112 municípios.
Dos entrevistados, 78,1% afirmaram que haviam consumido café nas últimas 24 horas, enquanto o arroz e o feijão estiveram presentes na mesa de 76,1% e 60% deles, respectivamente. Por outro lado, os dois últimos percentuais representam uma queda em dez anos, pois na pesquisa anterior, feita entre 2008 e 2009, o arroz havia sido citado por 84% das pessoas, ao passo que o feijão aparecia com 72,8% das respostas. Com o passar dos anos, houve aumento expressivo no consumo de salada crua (de 16% para 21,8%) e sanduíches (de 8,3% para 13,8%).
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"Nossa alimentação ainda é baseada no feijão, arroz e carne, e isso é positivo, mas temos que melhorar o consumo de frutas e legumes e diminuir o açúcar e o sódio em excesso", pontuou o gerente da pesquisa, André Martins. Entre 2017 e 2018, 53,4% das calorias consumidas pela população vieram de alimentos in natura ou minimamente processados, com o restante se distribuindo entre ingredientes processados (15,6%), alimentos processados (11,3%) e alimentos ultraprocessados (19,7%).
O consumo de açúcar teve uma queda de cerca de cinco pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, mas 80,3% das pessoas disseram usar a substância. A ingestão de sódio acima do limite aceitável, por sua vez, apresentou frequência de 53,5%, o que representa queda de cerca de um ponto percentual. Os adolescentes superam os adultos e idosos no consumo de frutas, verduras e legumes, mas consomem mais produtos como macarrão instantâneo, biscoito recheado e salgadinhos do que os dois últimos grupos.
Em relação à ingestão energética média, houve uma variação de 1.709 kcal a 2.022,7 kcal diárias para os homens entre 2017 e 2018, frente a uma variação de 1.680,0 kcal a 1.996,6 kcal diárias entre 2008 e 2009. Para as mulheres, as variações em ambos os períodos foram de 1.409,8 kcal a 1.681,8 diárias e 1.410,0 kcal a 1.752,0 kcal diárias, respectivamente. O consumo alimentar fora do domícilio passou de 40,2% para 36,5% da população em dez anos.
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