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Crime

Uso de aplicativos de espionagem cresce 51% durante quarentena

Programas spywares e stalkwares permitem acessar fotos, vídeos e e-mails, além de contas em redes sociais, de outras pessoas

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Uso de aplicativos de espionagem cresce 51% durante quarentena
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Dados do Laboratório de Ameaças da empresa global de segurança cibernética Avast, divulgados na última quarta-feira (9), apontam que o uso de aplicativos antiéticos de rastreamento e espionagem aumentaram 51% no período de março a junho, quando o Brasil e outros países iniciaram quarentenas para conter o avanço do novo coronavírus, em comparação com os dois primeiros meses de 2020.

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Esses softwares, classificados como spywares ou stalkwares, permitem acessar fotos, vídeos e e-mails, além de contas no WhatsApp e Facebook, para acompanhar movimentos físicos e digitais do alvo. Segundo a diretora de segurança da informação da Avast, Jaya Baloo, os do segundo tipo "geralmente são instalados ocultamente nos celulares pelos assim chamados amigos, cônjuges ciumentos, ex-parceiros e até pais preocupados".

A Avast afirma que, desde março, impediu que mais de 40 mil usuários dos 59 países onde está disponível fossem afetados pelos spywares e stalkwares. Na visão da empresa, existe uma relação entre o aumento registrado e um crescimento, durante a quarentena, das denúncias de violência doméstica em todo o mundo. No Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os casos de feminicídio subiram 22,2% entre o terceiro e o quarto mês deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019.
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