CPMI diz ao STF que ex-diretor da PRF ajudou a planejar e tinha comando no 8/1
Advocacia do Senado pede que Nunes Marques reconsidere decisão que suspendeu uso de sigilos de Silvinei Vasques
A Advocacia do Senado sustenta que o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques ajudou a planejar o 8 de Janeiro e também tinha posição de comando em relação ao grupo que invadiu e destruiu às sedes dos Três Poderes, em Brasília. A informação faz parte de recurso de 50 páginas, protocolado nesta 5ª feira, no Supremo Tribunal Federal.
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O documento rebate tese da defesa de Silvinei Vasques, de que as quebras de sigilos fiscal, bancário e telemático obtidas pelas CPMI do 8 de Janeiro não poderiam ter sido concedidas, porque o ex-diretor não teve relação com os atos golpistas do 8/1.
O ministro Kassio Nunes Marques, do STF, aceitou a tese da defesa de Vasques e determinou, na 3ª feira (03.out), que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito não tivesse acesso aos dados sigilosos do policial rodoviário, que se aposentou dias antes do fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O recurso também sustenta que se, Nunes Marques não reconsiderar a decisão, que o caso seja enviado, de imediato, para análise dos ministros na 2ª Turma do Supremo.
A CPMI tem pressa porque os trabalhos da comissão chegaram na reta final e a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-BA), precisa de uma solução para o impasse para poder usar os dados que a CPMI já teve acesso e que tratam da suspeita de envolvimento de Silvinei Vasques.
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