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Congresso

Comissão Parlamentar de Inquérito das apostas termina sem votação do relatório

Parlamentares criticaram documento elaborado por Felipe Carreras e pediram vista

Imagem da noticia Comissão Parlamentar de Inquérito das apostas termina sem votação do relatório
Jogador de futebol pisando em bola (Fernando Torres/CBF)
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Resultados em Partidas de Futebol, da Câmara dos Deputados, fez nesta 3ª feira (26.set) sua última reunião, mas não votou o relatório final, elaborado pelo deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE). O motivo é que quatro integrantes do colegiado pediram vista do documento, e o presidente, deputado Julio Arcoverde (PP-PI) concedeu.

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Inicialmente, o prazo de CPI iria até 14 de setembro, mas foi prorrogado para esta 3ª feira. Ainda assim, ela termina sem a votação do relatório, pois o pedido de vista exige mais duas sessões do plenário para a análise deste.

Em seu parecer, Carreras apresenta quatro Projetos de Lei (PLs) que alteram a legislação esportiva e de regulamentação de apostas. Uma das alterações obriga dirigentes e treinadores dos clubes a comunicarem às autoridades competentes a prática do crime de corrupção desportiva, quando tomarem conhecimento dela.

O relator disse hoje que vai pedir a sua equipe que ela protocole esses projetos. Ainda segundo ele, vai compartilhá-los num grupo da CPI, para os deputados que desejarem ser coautores. "No sentido de a gente disciplinar o futebol brasileiro, acabar com essa segmentação de apostas, ou seja, em cartão amarelo ou cartão vermelho, expulsão, isso eu ouvi praticamente de todos os colegas sugestões nesse sentido e a gente procurou acatar", complementou.

Pediram vista do relatório final da colegiado os deputados Wellington Roberto (PL-PB), José Rocha (União-BA), Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) e Márcio Marinho (Republicanos-BA). Segundo o primeiro, o documento "não diz nada com nada". "Não diz nem aquilo que deixou de acontecer aqui nessa comissão, que foram debates acalorados, requerimentos aprovados de convocação, de convites, que não foram concretizados através dessa Presidência".

Para Marcelo Álvaro Antônio, "o relatório da CPI frustrou a expectativa de quem gostaria de ver um trabalho sério nela". Após a reunião ser encerrada, Wellington Roberto atacou o presidente e o relator dizendo que sairiam manchados: "O senhor sai manchado disso daqui. O senhor sai manchado disso aqui, e o Felipe Carreras mais ainda. Você cortou o direito dos parlamentares se expressar aqui do que aconteceu durante toda essa semana e do mês também, e toda a imprensa do Brasil".

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