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Em reunião com líder do PSB, governo cobra votos e fala em destravar nomeações

Na última semana, parlamentares do partido que integra a base votaram contra os interesses do Planalto

Em reunião com líder do PSB, governo cobra votos e fala em destravar nomeações
Felipe Carreras gesticula enquanto fala ao microfone (Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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Líder do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara dos Deputados e do bloco parlamentar que a sigla integra na Casa, Felipe Carreras (PSB-PE) disse, nesta 4ª feira (10.mai), que a legenda estará com o governo nas votações na Câmara. A declaração foi dada após a reunião de ministros da sigla com o parlamentar e o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O tema do encontro foi a discussão sobre a atuação dos deputados socialistas em pautas importantes para o governo. O Executivo cobrou votos.

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O PSB, segundo Carreras, "vai votar literalmente com o governo". Na semana passada, três deputados da sigla -- Bandeira de Mello (RJ), Guilherme Uchoa (PE) e o próprio Carreras -- votaram pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que suspende trechos dos decretos de Lula (PT) sobre o marco legal do saneamento.

Da reunião nesta 4ª, que ocorreu na sala do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto, participaram ainda o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, representando o ministro Flávio Dino; o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França; o presidente do PSB, Carlos Siqueira; e Alckmin.

Foi conversado também sobre o destravamento de nomeações no governo. "Falamos também, é natural. O governo está destravando isso. As coisas estão acontecendo. A nossa base do PSB está tranquila em relação a isso. Esse clima de ansiedade é natural, mas as coisas estão acontecendo no tempo certo", disse Carreras.

Em relação às nomeações, de acordo com José Guimarães, a orientação de Alckmin é "acordo feito é para se cumprir". "Que vem desde a votação da PEC da Transição, então nós estamos empenhados para resolver essas pendências, e está todo mundo trabalhando para destravar tudo. Essa é a orientação do governo como um todo".

Segundo Carreras, o bloco que lidera, formado com União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e Patriota, "é um bloco da base do presidente Lula, justamente para pavimentar a consolidação de uma base sólida do governo". Os votos do PSB a favor do PDL, acrescentou, foi "algo pontual, que já foi superado, conversado". 

"A gente vai ter, diante do governo Lula, erros e acertos, conversas, então é algo que a gente está muito seguro, eu reafirmo. Ontem nós tivemos uma reunião do nosso bloco, composto por nove partidos, e o bloco está firme com o presidente Lula".

O PSB é, ainda nas palavras de Carreras, "literalmente governo". "E a nossa defesa é que nós sempre fazemos dentro do nosso bloco, inclusive foi uma das condições que nós, na largada, estamos liderando o bloco de nove partidos. O próximo líder será o deputado André Figueiredo [PDT-CE]. Então, estamos muito seguros em relação a isso".

Ele afirmou que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) entregará os votos pela aprovação do novo arcabouço fiscal. Carreras disse, ainda, que não sentiu falta da presença de Lula na reunião de hoje. "Foi uma reunião muito boa, muito esclarecedora, reunião de afinar, de integração. A gente está muito tranquilo. Vamos seguir aqui. O presidente Lula tem um mês a mais de tempo do que a legislatura", ressaltou.

Carlos Siqueira, por sua vez, disse que "o compromisso do partido com o governo é indiscutível". "Porque, na verdade, temos o vice-presidente da República, apoiamos o governo e precisamos ajudar o governo a dar certo. Então, nós não estamos fazendo nenhum favor, a obrigação nossa é apoiar pemanentemente o governo".

O presidente do PSB falou não ter dúvidas de que os 14 deputados do partido votarão pela aprovação do novo arcabouço fiscal. "Acho que é importante no arcabouço. E em todos os demais projetos que o governo estiver apoiando. Nós somos governo, seremos governo até o fim. E queremos colaborar para que ele dê muito certo".

Conforme Siqueira, o bloco parlamentar do qual o PSB faz parte na Câmara "é heterogêneo". "Evidentemente que cada partido tem a sua autonomia e pode decidir como votar, e o nosso tem uma decisão clara que é de apoio ao governo", complementou.

Reuniões

A reunião na sala de Alckmin ocorreu pela manhã. Hoje ainda, conforme Carreras e Guimarães, foi realizado um encontro dos presidentes do PT, PCdoB, PV, PDT, Solidariedade, PV, Rede e Psol, na sede do PT, em Brasília. "Ou seja, a gente está buscando cada vez mais o diálogo, as conversas e um ambiente de debates, para o governo ser mais acertivo, e a gente acredita que estamos pavimentando a consolidação de uma base sólida do presidente Lula na Câmara dos Deputados", afirmou o deputado.

Para as 16h, no Palácio do Planalto, está prevista uma reunião com os ministros do PSD, Padilha e o líder do Partido Social Democrático na Câmara.

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