Publicidade
Congresso

Pacheco anuncia volta de comissões mistas para analisar Medidas Provisórias

Presidente do Senado deferiu Questão de Ordem apresentada pelo senador Renan Calheiros

Imagem da noticia Pacheco anuncia volta de comissões mistas para analisar Medidas Provisórias
Rodrigo Pacheco (Reprodução/Agência Senado)
• Atualizado em
Publicidade

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deferiu nesta 5ª feira (23.mar) a Questão de Ordem, apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionando a vigência do Ato Conjunto que disciplinou a tramitação das MPs durante o estado de calamidade pública decorrente da pandemia. Dessa forma, a tramitação das Medidas Provisórias volta ao regime anterior ao início da crise sanitária.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

"Esclareço que esse regime se aplicará às Medidas Provisórias ainda não remetidas à Câmara dos Deputados, ou seja, a partir da Medida Provisória nº 1154. Assim, essas proposições tramitarão perante Comissão Mista especificamente instalada e designada para emitir parecer sobre elas, nos termos das regras regimentais aplicáveis", disse Pacheco.

O presidente do Senado justificou o deferimento da Questão de Ordem dizendo que se encerrou a "situação fática que fundamentava a excepcionalidade da tramitação das medidas provisórias", ou seja, a vigência da Emergência em Saúde Pública e do estado de calamidade pública decorrente da covid-19.

Ainda de acordo com Pacheco, não é necessário um novo Ato Conjunto das Mesas da Câmara e do Senado revogando o outro: "Um Ato Conjunto, por si só, não tem o condão de afastar as regras constitucionais quando os fundamentos fáticos que o sustentam não mais existem na realidade. Não se faz necessária, portanto, a edição de um novo que determine o retorno ao regime de tramitação anterior. Além disso, a própria produção de efeitos prevista no art. 1º do Ato Conjunto nº 1, de 2020, visto que condicionada à existência do estado de calamidade pública, já torna este Ato ineficaz na atualidade".

Mais cedo, nesta 5ª, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou abertamente o Senado e o presidente da Casa pela falta de diálogo e pela dificuldade de definição do rito de tramitação das Medidas Provisórias.

O Ato Conjunto de 2020 permitia que a votação delas diretamente nos plenários da Câmara e do Senado. Com o retorno ao regime anterior, a MP deve ser analisada primeiramente pela comissão mista, composta por 12 deputados e 12 senadores, e enviada para a Câmara e depois para o Senado com prazos definidos.

Veja também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade