Presidente da Câmara Legislativa do DF defende quebra de sigilos de Torres
Wellington Luiz também se posicionou favorável à volta de Ibaneis ao GDF
André Anelli
O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Wellington Luiz (MDB) justificou os pedidos de quebras de sigilo do ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, como forma de apurar suposta conivência com os atos golpistas de 8 de janeiro.
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O parlamentar também defendeu o retorno de Ibaneis Rocha ao Palácio do Buriti, após os atos que resultaram em depredações ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. As declarações do parlamentar foram dadas em entrevista ao SBT News.
"Nós temos um governador reeleito no primeiro turno, o primeiro da história do DF. Então, é importante que o governador volte. Nós temos uma governadora em exercício fazendo um excelente trabalho, mas é importante que o governador eleito retome suas atividades, consiga dar a estabilidade necessária pra que a população sinta um conforto com aquele que elegeu para o Distrito Federal", defendeu o parlamentar.
Wellington Luiz justifica o posicionamento favorável ao retorno do governador pelo laudo apresentado pela Polícia Federal, que apontou não ter havido indícios de conivência do chefe do Executivo com os atos golpistas. Após o posicionamento, a defesa de Ibaneis pediu o fim do afastamento do cargo por 90 dias, mas o Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestou. A vice Celina Leão continua como governadora interina, como resultado da determinação judicial do Ministro Alexandre de Moraes, que foi referendada em plenário virtual da Corte.
Ibaneis virou alvo das apurações judiciais pelos atos golpistas, depois de bancar a nomeação do ex-Ministro da Justiça do então presidente Jair Bolsonaro, Anderson Torres, para a secretaria de segurança pública do Distrito Federal. Torres foi exonerado horas depois das invasões aos prédios dos da Praça dos Três Poderes e foi preso, suspeito de ter facilitado a ação criminosa.
O ex-secretário teve aprovado o pedido de quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que apura os atos de 8 de janeiro.
"Nós temos que saber qual foi o papel do secretário, se ele contribuiu, mesmo que de forma culposa, pra que aqueles resultados acontecessem. Então, é importante, e aqui não tá havendo uma condenação prévia, pelo contrário. É a apuração exatamente pra saber o tamanho da culpa dele e se há culpa", completou o parlamentar.
Assista a entrevista completa: