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PSOL tem legitimidade para participar do governo, diz Juliano Medeiros

Ao SBT News, presidente do PSOL defende que partido também contribuiu para a vitória de Lula

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Apoio a Arthur Lira é inconcebível, diz presidente do PSOL
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O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que o partido tem legitimidade para reivindicar participação no governo, já que, para ele, a sigla contribuiu ativamente para a campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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"O PSOL deu uma contribuição muito importante para a vitória do Lula. [O partido] fez quase 4 milhões de votos para deputado federal e com essa votação também fortaleceu a campanha de Lula", disse, em entrevista ao programa Perspectivas, do SBT News, nesta 5ª feira (1º.dez).

"Não dá para dizer que todo mundo que votou nos candidatos do PSOL votou no Lula, tampouco pode-se dizer que os eleitores do PSOL votariam no Lula sem nenhum esforço, não, houve um engajamento da nossa militância, das nossas lideranças partidárias", acrescentou. 

"O PSOL tem legitimidade para reivindicar uma participação no governo e uma contribuição efetiva. A gente tem muita gente boa em muitas áreas. Uma militância muito qualificada na área da educação, da saúde, nas comunicações, na moradia popular, na defesa dos povos indígenas, que poderia ajudar a formular políticas públicas", defendeu o presidente da sigla. 

Medeiros também descartou apoio do partido à reeleição do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Segundo ele, apoiar a recondução do deputado seria "inconcebível". 

A federação que reúne os partidos PT, PV e PCdoB oficializou, na 3ª feira (29.nov), o apoio à recondução do deputado Arthur Lira para a presidência da Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito na Casa, por representantes dos quatro partidos, e veio à público após reuniões das siglas. O PSB, do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que não está na federação, também anunciou apoio à decisão.

"O apoio explícito a Lira representa para nós um gesto de rendição à dinâmica da gestão dentro da Câmara, a gestão que Arthur Lira tem feito de chantagear o Executivo, restringir os direitos das minorias", disse Medeiros. 

O político, no entanto, admite que o PSOL não teria votos suficientes para lançar um nome próprio à liderança da Casa. "Na ponta do lápis a gente não tem votos para eleger um candidato dessa base mais de esquerda e de centro-esquerda", declarou. "Mas apoiar Lira é algo inconcebível. O que o PSOL vai debater agora é se se constrói uma candidatura alternativa ou se vai compor algum bloco com outro partido", disse o presidente da sigla. 

Medeiros, que é membro do Conselho Político do Gabinete de Transição, também falou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Bolsa Família, em tramitação no Senado. Ele defendeu o texto da proposta, mas afirmou que seu partido quer a inclusão de mais um item. 

"A gente quer que no texto da PEC haja uma previsão de substituição do teto de gastos por outra âncora fiscal, preferencialmente através de lei ordinária. Não existe isso de estar na Constituição Federal uma regra fiscal que a conjuntura exige mudanças, como está exigindo agora", disse. 

Assista à entrevista na íntegra:

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