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Congresso

Relator diz que orçamento do governo para 2023 "ficará parado" até as eleições

Senador Marcelo Castro afirma que governante eleito terá papel central na elaboração do texto final

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Senador Marcelo Castro é o relator do orçamento 2023 | Jefferson Rudy/Agência Senado
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A elaboração do orçamento de 2023 deve entrar em compasso de espera antes das eleições, e ficar parada até a definição sobre quem será o próximo presidente da República, afirmou nesta quinta-feira (1º.set) o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Segundo o parlamentar, o governante eleito terá papel central para definição do texto final. 

"Eu acredito que, antes das eleições, o orçamento ficará parado. Nada vai acontecer. E aí, depois de eleito o presidente da República, sendo este que está, ou outro, evidente que a sua equipe econômica irá interagir com o relator [do orçamento], com os líderes partidários, e nós vamos encontrar a melhor solução para fazer o melhor orçamento possível, dentro da escassez e da dificuldade fiscal que nos encontramos", afirmou o parlamentar.

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Marcelo Castro criticou o governo por ter enviado, na proposta orçamentária, uma previsão de pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 400, embora o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), candidato à reeleição, venha dizendo que irá manter o valor de R$ 600, que vem sendo pago aos beneficiários atualmente. 

"Para nós, foi uma surpresa o governo não ter mandado [a proposta com previsão de R$ 600 para o Auxílio Brasil]. Porque o Lula está prometendo que vai dar os R$ 200 reais [adicionais] se for eleito. O Bolsonaro está prometendo que vai dar os R$ 200 reais [adicionais] a partir do ano que vem. Ora, se ele vai dar, ele não precisa prometer. Era só enviar para o Congresso. Então, a nossa expectativa é que ele tivesse, juntamente com o PLOA, mandado uma proposta para o Congresso discutir dando o reajuste de 200. Senão não fica crível essa promessa", declarou o relator-geral do Orçamento.

Castro reforçou que é papel do Poder Executivo propor as soluções para viabilizar os pagamentos. "Uma pessoa de oposição pode prometer, [mas] não tem meios para propor. Mas o Executivo, um prefeito, um governador, um presidente da República, ele não precisa prometer. Ele propõe. Se ele não propoe, fica a dúvida. Porque não esta propondo? O que impede de propor? Nada impede", acrescentou. 

De acordo com o senador, o governo também não fez propostas de reajuste na tabela do Imposto de Renda, defasada desde 2015 -- também uma promessa antiga de Bolsonaro.

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