Em quatro meses, deputados gastam mais de R$ 65 milhões de cota
Valor representa alta de mais de 10% em relação ao mesmo período do ano passado
O ano começou com aumento de gastos por parte dos deputados federais. A Câmara dos Deputados registrou que, no primeiro quadrimestre de 2022, as despesas com a chamada cota parlamentar cresceram mais de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, indo ao patamar de R$ 65,8 milhões.
+ Leia as últimas notícias sobre o Congresso no portal SBT News
Mais do que superar o primeiro quadrimestre de 2021, o montante gasto com cota parlamentar de janeiro a abril deste ano foi o maior da atual legislatura, que teve início de 2019. No recorte dos quatro meses iniciais, os valores haviam ficado nas casas de R$ 63,4 milhões (2019), R$ 55,9 milhões (2020) e R$ 59,7 milhões (2021).
Também chamada de "cotão", a cota parlamentar é um benefício concedido aos deputados federais com mandato ativos. Em suma, serve para que os cofres públicos reembolsem gastos relacionados ao exercício político, como viagens a trabalho, combustível, alimentação e até ações de divulgação do mandato.
Deputada federal pela Rede Sustentabilidade de Roraima, Joenia Wapichana lidera a lista de gastos da cota parlamentar no primeiro quadrimestre de 2022. Conforme informado pelo portal Metrópoles, ela gastou mais de R$ 205,7 mil no período. Somente em março, a parlamentar usou R$ 83,2 mil da cota, sendo que R$ 30 mil foram com despesas de passagens aéreas e outros R$ 20 mil com divulgação da atividade parlamentar.
Na outra ponta da lista de gastos do "cotão" no período está Marcio Alvino, do PL de São Paulo. De janeiro a abril deste ano, o colega de partido do presidente Jair Bolsonaro gastou R$ 35,13 da cota parlamentar. Sem registros de uso em abril e com centavos na conta de janeiro, o valor gasto anunciado pelo congressista paulista foi apenas com telefonia.
Saiba mais:
+ Lira e mãe de Ciro Nogueira indicam R$ 750 mi em emendas de relator
+ Congresso promulga benefícios tributários ao setor de tecnologia
+ Órgãos públicos terão novas regras para contratar serviços de comunicação
