Precatórios: presidente do PDT conversa individualmente com deputados
Carlos Lupi tenta resolver impasse na bancada para votação do segundo turno da PEC na semana que vem
Gabriela Vinhal
O presidente do PDT, Carlos Lupi, conversa individualmente com deputados para resolver impasse na bancada do partido para a votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que parcela o pagamento de dívidas da União já reconhecidas pela Justiça. O governo defende o projeto para viabilizar o pagamento das parcelas do Auxílio Brasil, programa substituto do Bolsa Família.
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Parlamentares da sigla que votaram favoravelmente ao texto no primeiro turno ouvidos pela reportagem informaram que ainda não há uma reunião formal marcada. No entanto, segundo relatos das conversas com Lupi, deverá ser marcado um encontro com todos os congressistas até 3ª feira (9.nov), data da sessão de retomada da análise da matéria.
Na 5ª feira (4.nov), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes suspendeu o anúncio da pré-candidatura pelo PDT após 15 dos 24 deputados votarem pela aprovação da PEC. O texto recebeu 312 votos -- quatro a menos do número mínimo, 308. Segundo os "dissidentes", houve uma "falha de comunicação" da legenda na votação da proposta, porque não teria ficado claro que a matéria era um "assunto partidário" e, por isso, teriam liberdade para escolher como votariam.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi o responsável por fechar o acordo com o grupo. Em contrapartida, ele aceitou dar prioridade para projetos considerados importantes para os pedetistas, como o que trata do piso salarial dos professores e o que prevê a constitucionalização de programas de renda mínima. Apesar da força-tarefa de Lupi para manter a união da bancada, Lira disse que espera que o apoio seja ainda mais amplo na sessão de 3ª feira.
Ao SBT News, interlocutores de Lupi admitiram que "não houve exatamente uma reunião da direção partidária" com a bancada e que a votação caiu como uma "surpresa" na estrutura partidária.