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CPI sobre fala de Bolsonaro: "Inflexão vem com atraso fatal e doloroso"

Direção do colegiado divulgou nota em que comenta o pronunciamento do presidente em rede nacional

CPI sobre fala de Bolsonaro: "Inflexão vem com atraso fatal e doloroso"
Direção da CPI da Covid
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A direção da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid divulgou, na noite desta 4ª feira (2.jun), nota em reação ao pronunciamento em rede nacional no qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu as ações do governo na pandemia.

No discurso, o presidente -- que já criticou imunizantes e afirmou que não iria se vacinar -- celebrou a marca de 100 milhões de doses entregues aos estados e disse que todos os brasileiros que desejarem serão imunizados até o fim do ano.

+ Em rede nacional, Bolsonaro defende ações do governo na pandemia

"A inflexão do presidente da República celebrando vacinas contra a covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso. O Brasil esperavaesse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de gripezinh", diz a nota assinada por integrantes da CPI.

Pelos depoimentos colhidos até agora, a comissão entende que Bolsonaro negou ofertas de vacinas que totalizariam 130 milhões de doses. "A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado", argumentam os senadores, que fazem menção ao tempo que a pandemia perdura e ao número de vítimas da covid-19 no país.

+ Em um mês, CPI reúne evidências sobre cloroquina e recusas de vacinas

Por fim, os integrantes da CPI expressam crer que a mudança de postura de Bolsonaro foi motivada pelo trabalho do colegiado, bem como pelos protestos do último sábado (29.mai). "Embora sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais".

Leia a íntegra da nota:

"NOTA PÚBLICA

A inflexão do Presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso. O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ?gripezinha?. 

Um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável. A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população brasileira. Optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19.

A reação é consequência do trabalho desta CPI e da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o obscurantismo. Embora sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais. A CPI volta a lamentar a perda de tantas vidas e dores que poderiam ter sido evitadas.  

Omar Aziz- Presidente CPI
Randolfe Rodrigues ? Vice Presidente CPI
Renan Calheiros ? Relator

Em apoio
membros efetivos:

Tasso Jereissati
Otto Alencar
Humberto Costa
Eduardo Braga

Suplentes:

Alessandro Vieira
Rogério Carvalho"

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