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Congresso

Ida de Wajngarten à CPI tem contradições, xingamentos e ameaça de prisão

Ex-secretário foi convocado após dizer que houve "incompetência" da Saúde nas negociações com a Pfizer

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Fábio Wajngarten
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Em depoimento conturbado com contradições e ameaças de prisão, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten é a quinta testemunha ouvida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. 

A oitiva, que teve início por volta das 10h, foi marcada por bate-boca entre governistas e oposição e por detalhes sobre a carta da Pfizer enviada ao governo federal com oferta de doses de vacina para o Brasil. Segundo o ex-secretário, ficou sem resposta por dois meses.

"A carta foi enviada em 12 de setembro. O dono do veículo de comunicação me avisa em 9 de novembro que a carta não havia sido respondida. Nesse momento, eu mando um e-mail ao presidente da Pfizer, que consta nessa carta. Eu respondi essa carta no dia em que eu recebi, 15 minutos depois, Senador", relatou.

Wajngarten deixou o governo em março deste ano e, logo após sua saída, deu uma entrevista à revista Veja na qual disse que houve "incompetência" do Ministério da Saúde na compra dos imunizantes. No início deste ano, a farmacêutica divulgou uma nota na qual disse que ofereceu ao governo 70 milhões de doses em 15 de agosto, com entrega prevista para dezembro de 2020.   

+ Flávio Bolsonaro chama Renan Calheiros de "vagabundo" na CPI da Covid

Pedido de prisão

Durante as respostas, senadores acusaram Wajngarten de mentir nas explicações e até pediram a íntegra do áudio da entrevista dele à Veja. O relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou e pedir a prisão do ex-secretário. 

O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), contudo, se negou a pedir a prisão de Wajngarten e suspendeu a sessão após o filho do presidente Jair Bolsonaro, Flavio Bolsonaro (Republicanos-SP), chamar Renan de "vagabundo". 

"Imagina a situação um cidadão honesto sendo preso por um vagabundo como Renan Calheiros, olha a desmoralização", disse Flávio. "Você é um vagabundo!", reforçou. Renan, por sua vez, rebateu: "Vagabundo é você que roubou dinheiro de pessoal do seu gabinete".

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