Governistas querem restringir convocação de ministros na CPI da Covid
Senadores só concordam com ida de ex-chefes da Saúde, do atual comandante da pasta e de Ernesto Araújo
Membros governistas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia não concordam com a convocação de ministros de outras pastas, que não os da Saúde. A ideia é vetar, por exemplo, a ida do chefe da Economia, Paulo Guedes. Na visão dos aliados do Palácio do Planalto, seria um "desgaste" para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sem que tenham relação com a crise da covid-19.
O único que seria um consenso entre o grupo seria a convocação do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que estava à frente do Itamaraty durante a crise nos insumos para produção de vacinas. Eles reconhecem que as declarações polêmicas do ex-chanceler podem ter contribuido para o atraso no envio de matéria prima por parte da China para o desenvolvimento de imunizantes no Brasil.
Convocações em comum para os dois grupos são os ex-ministros da Saúde ao colegiado e com o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Mas governistas ainda trabalham para convencer o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a intercalar as sugestões de depoimentos vindas do "G7" e dos aliados ao Planalto.