Bia Kicis tenta distanciar-se do governo para reduzir resistência na CCJ
Em conversa com parlamentares, deputada diz que atuação conservadora não será levada para a presidência do colegiado
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A deputada Bia Kicis (PSL-DF), indicada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para ocupar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) amenizou o discurso para reduzir a resistência dos membros do colegiado em torno de seu nome.
Ao SBT News, a deputada contou que foi eleita pela atuação "combativa" no campo conservador e da direita, mas que será diferente quando for presidente do colegiado. Ela comparou o cargo com o de um juiz.
A deputada afirmou que continua com suas pautas e suas convicções, mas que está aberta ao diálogo para construir pontes com os integrantes. "Uma coisa é a Bia Kicis deputada, outra é presidente da CCJ".
Segundo Bia, o nome dela foi unanimidade na bancada e, em nova reunião com Lira, o presidente "confirmou mais uma vez que está tudo certo". A previsão para a volta das comissões é para depois do carnaval.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) é um dos nomes mais próximos de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Eleita para o seu primeiro mandato em 2018, reuniu-se ao menos 28 vezes com o presidente da República desde que tomou posse, segundo a agenda oficial do Planalto.
Kicis é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no chamado inquérito das fake news, que apura ataques a ministros da Suprema Corte. Também é a autora da PEC 135/9, que propõe o voto impresso no Brasil - pauta defendida com frequência pelo presidente da República, que costuma levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
A deputada costuma ecoar outros posicionamentos ligados à ala mais radical do bolsonarismo. Em 27 de dezembro, Kicis comemorou o fim das medidas restritivas no Amazonas para conter a propagação do coronavírus, em uma mensagem que voltou aos holofotes depois que o estado entrou em crise por falta de oxigênio. Em maio de 2020, em plenário, a parlamentar chegou a defender que a Constituição brasileira dá respaldo a uma intervenção militar - nas palavras de Kicis, um "poder moderador".
Ao SBT News, a deputada contou que foi eleita pela atuação "combativa" no campo conservador e da direita, mas que será diferente quando for presidente do colegiado. Ela comparou o cargo com o de um juiz.
"Muitos acham que, devido à minha atuação, colocarei em votação as pautas de costumes. Mas não é isso que faz um presidente. Fui procuradora por 24 anos. Aqui não sou governo, sou parlamentar", disse.
A deputada afirmou que continua com suas pautas e suas convicções, mas que está aberta ao diálogo para construir pontes com os integrantes. "Uma coisa é a Bia Kicis deputada, outra é presidente da CCJ".
Segundo Bia, o nome dela foi unanimidade na bancada e, em nova reunião com Lira, o presidente "confirmou mais uma vez que está tudo certo". A previsão para a volta das comissões é para depois do carnaval.
AS POLÊMICAS DA DEPUTADA
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) é um dos nomes mais próximos de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Eleita para o seu primeiro mandato em 2018, reuniu-se ao menos 28 vezes com o presidente da República desde que tomou posse, segundo a agenda oficial do Planalto.
Kicis é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no chamado inquérito das fake news, que apura ataques a ministros da Suprema Corte. Também é a autora da PEC 135/9, que propõe o voto impresso no Brasil - pauta defendida com frequência pelo presidente da República, que costuma levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
A deputada costuma ecoar outros posicionamentos ligados à ala mais radical do bolsonarismo. Em 27 de dezembro, Kicis comemorou o fim das medidas restritivas no Amazonas para conter a propagação do coronavírus, em uma mensagem que voltou aos holofotes depois que o estado entrou em crise por falta de oxigênio. Em maio de 2020, em plenário, a parlamentar chegou a defender que a Constituição brasileira dá respaldo a uma intervenção militar - nas palavras de Kicis, um "poder moderador".
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