Congresso
PT tenta adiar anúncio de candidato de Maia à presidência da Câmara
Dirigentes do partido apresentam resistências aos nomes mais fortes dentro do bloco: Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Ricardo Chapola
• Atualizado em
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O PT tenta adiar a decisão sobre o anúncio do candidato do grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para disputar o comando da Casa. O partido é um dos 11 que compõe o bloco montado por Maia para fazer frente à candidatura de Arthur Lira (PP-AL), apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Dois nomes têm mais força dentro desse bloco: Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Mas, segundo aliados de Maia, o presidente da Câmara teria maior preferência por Baleia.
A expectativa era de que o anúncio do candidato do bloco fosse feito nesta quarta-feira (23). Só não ocorreu ainda em razão de resistências apresentadas por algumas siglas do bloco frente às opções que estão sobre a mesa.
O nome de Baleia não agrada uma parte de líderes importantes do PT. A legenda chegou a realizar mais uma reunião nesta quarta para tentar chegar a um acordo interno. Mas sem sucesso.
Lideranças petistas ouvidos pela reportagem confidenciaram que a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro Fernando Haddad foram um dos mais críticos ao apoio ao nome de Baleia. Eles teriam reservas devido à ligação do parlamentar ao ex-presidente Michel Temer, considerado uma espécie de traidor por dirigentes do PT.
Temer era vice de Dilma quando ela foi presidente da República e teve participação indireta no processo de impeachment que culminou em sua saída do cargo, em 2016.
Além disso, uma ala do PT se incomoda com o fato de Maia não se comprometer publicamente a defender pautas caras aos partidos de esquerda. O receio é de que, caso o candidato do presidente da Casa vença a disputa, ele vá legislar contra o que pensa o PT em matérias como a das privatizações.
O PT também apresentou alternativas ao bloco. A presidente nacional da sigla, a deputada Gleisi Hoffmann, sugeriu outros nomes para representar o o grupo, como os de Benedita da Silva (PT-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS) e Luiza Erundina (PSOL-SP). Mas ninguém se manifestou.
Outras legendas do bloco também teriam indicado outras alternativas. O PDT, por exemplo, teria sugerido o nome do deputado Mário Hering (PDT-MG).
O bloco capitaneado por Maia é composto por 11 legendas: PT, DEM, PDT, PSB, MDB, Cidadania, Rede, PV, PCdoB, PSDB e PSL - o que corresponde a 269 dos 513 parlamentares da Câmara.
Nesta quarta, Lira fez um aceno a partidos dissidentes nas redes sociais. Escreveu: "Todo partido que quiser compromisso com a autonomia do funcionamnto da Casa, estou aberto ao diálogo. Se quiserem seguir o caminho de promessas difíceis de cumprir, essa não é a minha forma de fazer política".
Dois nomes têm mais força dentro desse bloco: Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Mas, segundo aliados de Maia, o presidente da Câmara teria maior preferência por Baleia.
A expectativa era de que o anúncio do candidato do bloco fosse feito nesta quarta-feira (23). Só não ocorreu ainda em razão de resistências apresentadas por algumas siglas do bloco frente às opções que estão sobre a mesa.
O nome de Baleia não agrada uma parte de líderes importantes do PT. A legenda chegou a realizar mais uma reunião nesta quarta para tentar chegar a um acordo interno. Mas sem sucesso.
Lideranças petistas ouvidos pela reportagem confidenciaram que a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro Fernando Haddad foram um dos mais críticos ao apoio ao nome de Baleia. Eles teriam reservas devido à ligação do parlamentar ao ex-presidente Michel Temer, considerado uma espécie de traidor por dirigentes do PT.
Temer era vice de Dilma quando ela foi presidente da República e teve participação indireta no processo de impeachment que culminou em sua saída do cargo, em 2016.
Além disso, uma ala do PT se incomoda com o fato de Maia não se comprometer publicamente a defender pautas caras aos partidos de esquerda. O receio é de que, caso o candidato do presidente da Casa vença a disputa, ele vá legislar contra o que pensa o PT em matérias como a das privatizações.
O PT também apresentou alternativas ao bloco. A presidente nacional da sigla, a deputada Gleisi Hoffmann, sugeriu outros nomes para representar o o grupo, como os de Benedita da Silva (PT-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS) e Luiza Erundina (PSOL-SP). Mas ninguém se manifestou.
Outras legendas do bloco também teriam indicado outras alternativas. O PDT, por exemplo, teria sugerido o nome do deputado Mário Hering (PDT-MG).
O bloco capitaneado por Maia é composto por 11 legendas: PT, DEM, PDT, PSB, MDB, Cidadania, Rede, PV, PCdoB, PSDB e PSL - o que corresponde a 269 dos 513 parlamentares da Câmara.
Nesta quarta, Lira fez um aceno a partidos dissidentes nas redes sociais. Escreveu: "Todo partido que quiser compromisso com a autonomia do funcionamnto da Casa, estou aberto ao diálogo. Se quiserem seguir o caminho de promessas difíceis de cumprir, essa não é a minha forma de fazer política".
Todo partido que quiser compromisso com a autonomia do funcionamento da Casa, estou aberto ao diálogo. Se quiserem seguir o caminho de promessas difíceis de cumprir, essa não é minha forma de fazer política.
? Arthur Lira (@ArthurLira_) December 23, 2020
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