Maia pede desculpas a Guedes e defende programa social do governo
Presidente da Câmara e ministro da Economia trocavam farpas publicamente. Davi Alcolumbre apadrinhou reconciliação
Publicidade
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em jantar de reconciliação com o ministro Paulo Guedes. Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu desculpas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em um jantar de reconciliação realizado nesta 2ª feira (5.out).
O encontro foi realizado no apartamento do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU). Estavam presentes os ministros de Estado Fábio Faria, da Comunicação, e Luiz Ramos, da Secretaria de Governo, além de senadores e outros integrantes do tribunal de contas.
Saiba mais:
Referindo-se ao ministro da Economia, Maia afirmou que "gratidão não prescreve": segundo o presidente da Câmara, Paulo Guedes teria sido o único ministro do governo Bolsonaro a ter declarado apoio explícito à campanha de reeleição do deputado em 2018.
O presidente da Câmara disse ele e Guedes teriam começado a divergir depois da aprovação da reforma da Previdência. Afirmou que cometeu "erros" em relação ao ministro da Economia e que, na semana anterior, foi "indelicado" e "grosseiro".
Os 2 vinham de um processo de troca de farpas: pelo Twitter, Maia disse que Guedes havia interditado o debate pela da reforma tributária. Guedes rebateu, dizendo que o presidente da Câmara tinha acordo com a esquerda para barrar as privatizações e Maia treplicou, chamando o ministro da Economia de desequilibrado.
Segundo o presidente da Câmara, os 2 precisam estar unidos para encontrar, respeitando o teto de gastos, as soluções para o novo programa social que o governo vai criar. "Sabemos da importância da construção de um programa social dentro do teto de gastos para poder dar suporte a milhões de famílias que vão precisar do Estado brasileiro a partir de janeiro de 2021", ressaltou.
ALCOLUMBRE CONCILIADOR
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que ajudou a construir a reconciliação, afirmou que, a partir da 3ª feira, a relação entre Executivo e Legislativo será reiniciada. "Porque é uma agenda de todos que estão aqui. E essa reconciliação é fundamental para que a gente possa, a partir de amanhã, virar uma página nessa construção coletiva", disse, em tom apaziguador.
PAULO GUEDES COMEDIDO
Último a falar, o ministro da Economia era observado de perto por Fabio Faria e Luiz Ramos. Na semana anterior, o ministro da Secretaria de Governo chegou a retirar Guedes de uma entrevista à imprensa.
O "Posto Ipiranga", como diz o presidente Bolsonaro, não foi explícito em pedir desculpas a Maia. Guedes afirmou apenas que os interesses do Brasil estão bem acima de qualquer divergência.
Guedes falou que que os textos da reforma tributária e do Pacto Federativo estão praticamente prontos e que está disposto a trabalhar junto com Maia para destravar a pauta na Câmara até dezembro. Sobre o novo programa social, Guedes afirmou que será um programa robusto, que permita aos brasileiros mais frágeis se reerguerem.
O ministro também voltou a dizer que o governo terá que manter desonerar a desoneração folha - ou seja, a possibilidade de um imposto alternativo para determinados setores em troca da isenção do tributo sobre a folha de contratados - para criar programas de emprego em massa. A fonte de financiamento para que isso aconteça segue em aberto.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu desculpas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em um jantar de reconciliação realizado nesta 2ª feira (5.out).
O encontro foi realizado no apartamento do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU). Estavam presentes os ministros de Estado Fábio Faria, da Comunicação, e Luiz Ramos, da Secretaria de Governo, além de senadores e outros integrantes do tribunal de contas.
Saiba mais:
+ Em jantar com Guedes, Rodrigo Maia fala em "cortar gordura" e "músculo"
+ Renda Cidadã sai na quarta e terá solução "dentro do teto"
+ Renda Cidadã sai na quarta e terá solução "dentro do teto"
Referindo-se ao ministro da Economia, Maia afirmou que "gratidão não prescreve": segundo o presidente da Câmara, Paulo Guedes teria sido o único ministro do governo Bolsonaro a ter declarado apoio explícito à campanha de reeleição do deputado em 2018.
O presidente da Câmara disse ele e Guedes teriam começado a divergir depois da aprovação da reforma da Previdência. Afirmou que cometeu "erros" em relação ao ministro da Economia e que, na semana anterior, foi "indelicado" e "grosseiro".
Os 2 vinham de um processo de troca de farpas: pelo Twitter, Maia disse que Guedes havia interditado o debate pela da reforma tributária. Guedes rebateu, dizendo que o presidente da Câmara tinha acordo com a esquerda para barrar as privatizações e Maia treplicou, chamando o ministro da Economia de desequilibrado.
Segundo o presidente da Câmara, os 2 precisam estar unidos para encontrar, respeitando o teto de gastos, as soluções para o novo programa social que o governo vai criar. "Sabemos da importância da construção de um programa social dentro do teto de gastos para poder dar suporte a milhões de famílias que vão precisar do Estado brasileiro a partir de janeiro de 2021", ressaltou.
ALCOLUMBRE CONCILIADOR
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que ajudou a construir a reconciliação, afirmou que, a partir da 3ª feira, a relação entre Executivo e Legislativo será reiniciada. "Porque é uma agenda de todos que estão aqui. E essa reconciliação é fundamental para que a gente possa, a partir de amanhã, virar uma página nessa construção coletiva", disse, em tom apaziguador.
PAULO GUEDES COMEDIDO
Último a falar, o ministro da Economia era observado de perto por Fabio Faria e Luiz Ramos. Na semana anterior, o ministro da Secretaria de Governo chegou a retirar Guedes de uma entrevista à imprensa.
O "Posto Ipiranga", como diz o presidente Bolsonaro, não foi explícito em pedir desculpas a Maia. Guedes afirmou apenas que os interesses do Brasil estão bem acima de qualquer divergência.
Guedes falou que que os textos da reforma tributária e do Pacto Federativo estão praticamente prontos e que está disposto a trabalhar junto com Maia para destravar a pauta na Câmara até dezembro. Sobre o novo programa social, Guedes afirmou que será um programa robusto, que permita aos brasileiros mais frágeis se reerguerem.
O ministro também voltou a dizer que o governo terá que manter desonerar a desoneração folha - ou seja, a possibilidade de um imposto alternativo para determinados setores em troca da isenção do tributo sobre a folha de contratados - para criar programas de emprego em massa. A fonte de financiamento para que isso aconteça segue em aberto.
Publicidade