Enem dos Concursos: nova data deve ser anunciada "nas próximas semanas", diz ministra
Esther Dweck, da Gestão, diz que adiamento para todo Brasil por causa das chuvas no RS mantém integridade do certame para todos os participantes
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, confirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (3) o adiamento do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como Enem dos Concursos. Em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, ela afirmou que seria “impossível” aplicar a prova no estado.
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Foi feito um acordo de adiamento assinado pela ministra Esther, Leonardo Magalhães (defensor público da União), Marcelo Eugênio Almeida (representando a Procuradoria-Geral da República) e Gabriel Lima (coordenador de Assuntos Institucionais da Cesgranrio). Ainda não há confirmação de nova data, mas Dweck afirmou que espera ter uma definição "nas próximas semanas".
Segundo a ministra, a decisão de adiar a prova em todo o país e não apenas no Rio Grande do Sul é a melhor forma também para “manter a integridade” do certame.
“Avaliamos que era impossível realizar no estado. O governador nos avisou sobre isso, mas pensamos que teríamos forças federais capazes de garantir a aplicação. Infelizmente não foi possível. Então a gente construiu um acordo para preservar a integridade para todos os candidatos”, disse.
“Chegamos à conclusão de que a solução mais segura para todos os candidatos no Brasil inteiro, que é de fato, o adiamento da prova em todo o país”, afirmou Dweck.
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Não foi publicado um novo edital para o CNU. Foi feito apenas o adiamento do edital do concurso. Quem se inscreveu para o concurso deve aguardar apenas a definição de uma nova data.
A ministra também explicou a posição inicial do MGI de manter a aplicação da prova, anunciada nesta quinta-feira (2). Segundo Esther, a medida foi tomada em uma circunstância de momento. No entanto, a situação no Rio Grande piorou desde a decisão, e as chuvas continuam no estado. A capital Porto Alegre, por exemplo, ficou alagada nesta sexta-feira (3) e 96% das viagens de ônibus para lá foram canceladas.
“Até ontem a gente esperava que fosse possível garantir a realização da prova para mais de 2,6 milhões de pessoas. Hoje, de fato, com agravamento da situação, a gente viu que era inviável”, afirmou durante a coletiva.
Esther também mencionou que o governo trabalhou para que o adiamento fosse realizado até esta sexta-feira (3). Segundo a ministra, mais de 96% dos participantes do CNU estavam a no máximo 100 km de distância do deslocamento da prova, e, por isso, a maioria dos alunos se deslocariam a partir de sábado (4).
A ministra também informou que 65% das provas já estavam nos postos de aplicação e em processo de entrega para pontos no interior das cidades, com exceção do Rio Grande do Sul por conta das chuvas.
Banco de questões
O principal motivo de impedir o governo de adiar a prova apenas no Rio Grande do Sul está relacionado à ausência de um banco de questões, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem, por exemplo.
Esse acervo de tópicos é feito com o passar do tempo, onde as instituições guardam as perguntas e as classificam por dificuldade, como fácil, moderada ou difícil, por exemplo. Como a prova de domingo seria a primeira do CNU, ele ainda não possui este acervo, o que impossibilita a realização de uma outra prova com os mesmos parâmetros de dificuldade, aumentando as chances de judicialização.
Resgate
O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), informou que o governo federal presta auxílio à população gaúcha em três frentes:
1) Trabalho de resgate de pessoas que estão ilhadas ou desaparecidas
2) restabelecimento da trafegabilidade - de energia, internet, abastecimento de água e combustível.
3) Garantia de trânsito e ambulâncias e uma série de outras situações.
"O foco é prestar apoio humanitário às pessoas que estão desabrigadas [...] foi essa sensibilidade do presidente Lula que orientou todas as ações, decisões e movimentações do nosso governo nos últmos dias", disse Pimenta.