Assassinato de policiais gera onda de violência na Grande Recife
Seis pessoas da mesma família foram mortas. Uma jovem de 19 anos, grávida, está em estado grave
Waldson Balbino
O assassinato de dois policiais militares desencadeou uma onda de violência na Grande Recife. Os agentes foram mortos durante uma intensa troca de tiros com um homem armado, que andava pela rua.
Uma jovem de 19 anos, grávida de 7 meses, acabou sendo vítima de uma bala perdida e está internada em estado grave. "Eu implorei para que eles não descessem, porque minha filha estava ali, minha neta estava dormindo, mas eles não deram ouvido. E foi muita troca de tiro", lembra a mãe da vítima.
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Depois do tiroteio, as ruas do bairro de Tabatinga, em Camaragibe, no Grane Recife, foram cercadas por viaturas de vários batalhões. Os policiais entraram na mata à caça de Alex Silva, apontado como responsável pela morte dos PMs. No fim da manhã, houve mais trocas de tiro.
Minutos depois, a confirmação de que o suspeito havia sido baleado. O homem chegou a ser levado para uma UPA, mas acabou morrendo. Outros dois policiais também foram baleados de raspão.
Durante a madrugada, na tentativa de pedir proteção, familiares de Alex, chegaram a fazer uma live em uma rede social, dizendo que estavam recebendo ameaças de morte. Os parentes, porém, não conseguiram ajuda e acabaram mortos por dois homens encapuzados.
A transmissão mostrou o exato momento em que os três irmãos são baleados. Dois deles morreram no local; o terceiro chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. A mãe, que teria dado abrigo ao rapaz, também foi encontrada morta, junto com a esposa dele, na cidade de Paudalho.
No final da tarde, os corpos dos PMs foram velados no Cemitério Público da cidade de São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Familiares, amigos e companheiros de farda prestaram as últimas homenagens aos policiais com uma salva de tiros.