Operação da PF prende condenado pela morte de Dorothy Stang
Amair Feijoli foi alvo de operações de combate a crimes ambientais no Acre e no Amazonas.
A Polícia Federal prendeu, nesta 3ª feira (29.ago), Amair Feijoli, condenado por envolvimento na morte da missionária norte-americana Dorothy Stang.
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Amair é acusado de ocupar terras públicas na Floresta do Antimary, unidade de conservação do estado do Acre e no Município de Aábrea no Amazonas, cidade brasileira com maior área desmatada. Sua defesa afirma que a prisão de hoje é injusta e que as terras foram adquiridas de forma legal.
"O que ele devia para justiça, ele quitou e agora enfrenta a injustiça com o peso do estado contra ele, contra a família. Eles adquiriram o patrimônio e não conseguem ter acesso", disse seu advogado
Além de Amair, a operação também teve como o alvo o filho dele, e também pecuarista, Patrick da Cunha, um grileiro e um técnico acusado de fraudar o cadastro de imóveis rurais. Eles poderão responder por associação a organização criminosa, invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
Somadas, as áreas desmatadas só no ano passado correspondem a aproximadamente 1400 hectares de Floresta Nativa. Um prejuízo de R$ 35 milhões ao Meio Ambiente.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram após moradores da região denunciarem conflitos agrários e o intenso desmatamento para criação de gado.
CASO DOROTHY STANG
A morte aconteceu em 2005 no município de Anapu, no Pará. Amair Feijoli já havia sido preso por intermediar a morte de Stang. Conhecido na época como Tato, ele foi o responsável por contratar os pistoleiros que assassinaram a missionária, que nasceu nos EUA, mas veio ao Brasil para defender o direito à terra para camponeses, além criação de projetos de proteção da floresta, agindo junto à população e ao governo.