Polícia prende integrante do PCC acusado de chefiar tráfico no litoral
Traficante aparece em vídeo zombando da polícia junto com oito bandidos armados
SBT News
Foi preso, nesta 5ª feira (24.ago), em Guarujá, na Baixada Santista um integrante da facção criminosa PCC, que aparece em um vídeo com outros oito bandidos armados zombando da polícia. José Vitor Carvalho, conhecido como Vitinho, é apontado como chefe do tráfico de drogas na região onde a Operação Escudo já matou 20 suspeitos. O traficante estava foragido da Justiça e vivia numa casa luxuosa com piscina.
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"Por volta de 5h30 da manhã, conseguimos identificar a casa onde ele estava dormindo em companhia da sua esposa. Essa casa foi alvo de investigação, há cerca de um ano e meio. No interior, foi localizada aproximadamente uma tonelada de drogas", diz o delegado Fabiano Barbeiro.
Vitinho tinha virado uma questão de honra para os policiais, por causa de um vídeo, que viralizou nas redes sociais, em junho. Nas imagens, um grupo de nove criminosos armados desfila nas ruas e desafia a polícia. Em um trecho da gravação, uma pessoa diz: "se liga, os parceiros, ó, pesadão, falou que pode imbicar choque. Ó esse time, ai, vindo ai, ó, se liga, se liga, se liga, se liga, se liga mano. Ó, o Miguel, mais procurado pela choque."
Na casa de luxo em que o traficante morava, os policiais civis apreenderam a roupa que ele usava na filmagem. Outro bandido, que aparece na gravação com um fuzil, já tinha sido preso na semana passada.
A queda de braço entre a polícia e o tráfico na Baixada Santista teve seu pior capítulo logo depois da divulgação do vídeo, em junho, e com a morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, de 30 anos, no mês seguinte (27.jul). O policial militar foi morto por um olheiro do tráfico.
Em resposta, o governo paulista montou a operação no litoral que já tem 20 mortos pela PM. As apreensões de drogas também aumentaram na Baixada Santista. A guerra entre polícia e traficantes também acontece na base da provocação. Investigadores apreenderam um carro roubado que tinha sido usado num ataque contra policiais militares. Em represália, os criminosos atearam fogo ao veículo, no estacionamento do Palácio da Polícia, em Santos. O veículo passava por perícia em busca de impressões digitais. O incêndio aconteceu durante a madrugada e não teve testemunha. O carro ficou completamente destruído.