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Jornalismo

Preso suspeito de crimes no aplicativo Discord

Segundo a polícia, rapaz criou o grupo de abusadores que aliciava crianças e adolescentes

Imagem da noticia Preso suspeito de crimes no aplicativo Discord
O suspeito ironizou as acusações ao chegar na delegacia
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Foi preso nesta 3ª feira (4.jul), na região serrana do Rio de Janeiro, mais um suspeito de fazer parte de quadrilhas que praticam crimes contra crianças e adolescentes pelo aplicativo Discord.

Um rapaz de 19 anos conhecido como 'King' é apontado pela polícia como criador de um grupo que estuprava e induzia as vítimas a praticar a automutilação. Ao ser preso, Pedro Ricardo Conceição da Rocha, foi irônico "Tem alguém, arquivo, que mostre eu estuprando alguma criança?. "Eu não tenho pornografia infantil no computador".

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Pedro foi preso em Teresópolis, na região serrana. Segundo a polícia, ele estava escondido na casa da avó. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana da capital. O rapaz é apontado como um dos líderes de uma quadrilha que praticava estupros virtuais e induzia adolescentes à automutilação, além de maus-tratos contra animais. 

Segundo o delegado Luiz Henrique Marques, oficialmente Pedro nega as acusações, mas está comprovada a responsabilidade. "Ele preferiu ficar em silêncio. Mas ele não nega. Informalmente, ele confirmou que é o criador do grupo, o dono do grupo. Então, é a pessoa que tem a maior liderança ali e a possibilidade de dar os comandos mais absurdos."

No mês passado, dois adolescentes envolvidos nos mesmos crimes foram apreendidos no estado do Rio. A quadrilha alicia as vítimas no Discord, uma plataforma com servidores em vários países, o que dificulta a identificação dos usuários. A polícia de São Paulo também prendeu quatro suspeitos e investiga a relação deles com o assassinato de uma gamer, há dois anos.

Em nota, o Discord informou que, nos últimos seis meses, removeu 98% das comunidades que exibiram material de abuso de crianças no Brasil.

De acordo com as investigações, a quadrilha tem ramificações em vários estados e a estratégia é sempre a mesma: os criminosos aliciam crianças por meio de chamadas de vídeo e, após captar imagens comprometedoras das vítimas, passam a ameaçá-las e obrigá-las a cometer todo tipo de atrocidade.  

Jefferson Pereira, especialista em segurança da informação alerta os pais para que  acompanhem o que os filhos acessam na internet. "Os jovens atualmente buscam se isolar para que eles possam ter um livre acesso. Dessa forma, achando que seus pais não vão ter o controle de seu conteúdo, e até mesmo ter a sua liberdade na internet. E, sim: é recomendável ter o controle, as portas abertas, o áudio verificado.", diz ele. 

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