Publicidade
Jornalismo

Usina de Zaporizhzhia é desconectada de rede elétrica após ataques russos

Apagão é o sétimo registrado desde o início da guerra e coloca segurança nuclear em xeque

Imagem da noticia Usina de Zaporizhzhia é desconectada de rede elétrica após ataques russos
Cenário da usina foi classificado como "extremamente vulnerável" pelo diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi | Reprodução
• Atualizado em
Publicidade

A usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, foi desconectada da rede elétrica após ataques russos atingirem o local na madrugada desta 2ª feira (22.mai). Em comunicado, a operadora Energoatom informou que os bombardeios cortaram a conexão à última linha de alta tensão que ligava a central à rede elétrica ucraniana.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

"Após a perda de energia externa, que é vitalmente necessária para garantir o funcionamento das bombas de resfriamento de combustível nuclear, todos os geradores a diesel da usina começaram a operar automaticamente. Restam 10 dias de estoque de combustível para sua operação", informou a Energoatom.

Segundo a entidade, esta é a sétima vez que a usina nuclear, hoje ocupada por forças russas, sofre um apagão desde o início da guerra. O cenário foi classificado como "extremamente vulnerável" pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, que alertou para um possível desastre nuclear.

"É muito simples: não atire na usina e não use a planta como base militar. Deve ser do interesse de todos chegar a um acordo sobre um conjunto de princípios para proteger a planta durante o conflito", disse Grossi, acrescentando que continua trabalhando para instalar uma zona neutra ao entorno da usina de Zaporizhzhia.

+ G7 pede que China pressione Rússia para encerrar guerra na Ucrânia

Além dos bombeiros, o diretor da AIEA enfatizou que a usina está abrigando cada vez menos funcionários, mesmo com o envio de equipes ao local, aumentando os riscos de erro humano. "Quanto mais tempo a usina tiver esse tipo de equipe reduzida, maiores serão os riscos à segurança nuclear. A situação continua insustentável", frisou.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade