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Jornalismo

Amazônia Legal concentrou mais da metade dos conflitos no campo em 2022

Foram registrados 1.107 casos de violência. O dado representa um aumento de 25,8% em relação a 2021

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A Amazônia Legal concentrou mais da metade dos conflitos registrados no campo, no ano passado. O dado faz parte do relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que aponta a região como o epicentro da violência.

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Foram registrados 1.107 casos de violência no campo em 2022. O dado representa um aumento de 25,8% em relação ao ano anterior.

Foi o segundo maior número já registrado na região pela Comissão Pastoral da Terra - só fica atrás do total de casos em 2020.

Os conflitos por disputa de terra saltaram 33% entre 2021 e 2022  - de 695 para 926. 47 pessoas foram assassinadas no campo no Brasil. Os indígenas foram as principais vítimas (18). 

"E não só isso, mas a contaminação através do garimpo, a entrada desordenada dos garimpeiros nessas terras indígenas refletem o que a gente já vem dizendo desde 2019, que é o aumento do número de invasões aos territórios já consolidados", diz Andréia Silvério, assessora jurídica da CPT.

Entre as mortes registradas ano passado, estão a do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, mortos no Vale do Javari, no Amazonas.

O líder da União dos Povos Indígenas do Javari, e amigo de Bruno, Beto Marubo, participou do lançamento do relatório e cobrou proteção, principalmente, aos indígenas isolados: "eu quero chamar atenção pra essa região do Vale do Javari como essa área emblemática  que tem a maior quantidade de parentes vivendo nessas circunstâncias, que nós tenhamos essa atenção". 

Em Belém, uma programação especial marca os 27 anos do assassinato de 21 trabalhadores rurais durante uma repressão da Polícia Militar à marcha pela terra, em Eldorado dos Carajás, no sudeste do Pará. Batalha que continua violenta.

"É uma disputa que a gente é obrigado a fazer com latifundiário e agora com o agronegócio. Na Amazônia então, isso é uma ameaça à luta pela terra. Nós nos sentimos ameaçados por isso sim. Que as pessoas possam ter segurança na terra, que não possa ter mais despejos", afirma Jane Cabral, da coordenação do MST.

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