Agenda do Poder: Nova polêmica na política de preços da Petrobras
Equipe do SBT News apresenta os temas que serão discutidos ao longo do dia
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Em café da manhã com jornalistas na 5ª feira (6.abr), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não vai mudar a política de preços da Petrobras enquanto não se reunir com o governo, deixando claro que os preços atuais devem continuar.
No entanto, garantiu que vai cumprir a promessa de campanha sobre os preços praticados pela empresa. "Nós vamos mudar (os preços), mas com muito critério, pois durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar os preços da gasolina e abrasileirar os preços do óleo diesel", disse. Fala faz referência à paridade de preços do barril de petróleo com o dólar.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 5ª feira (6.abr) que o Governo Federal não vai criar novos tributos nem aumentar a alíquota dos existentes, mas avalia fazer com que "400 a 500 empresas com superlucros" passem a pagar imposto. As declarações foram dadas em entrevista à BandNews TV.
"Hoje, infelizmente, quem não paga [imposto] são as maiores empresas brasileiras (...) Então, se você pegar o orçamento, você vai ver lá que está entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bi o que o Estado [brasileiro] deixa de arrecadar", pontuou Haddad.
O governo federal retirou os Correios e outras seis estatais de programas de privatização. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, também determina a exclusão de três companhias do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) - criado para fortalecer a interação entre o Estado e a iniciativa privada.
Os processos de privatização avançaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Assim que ganhou as eleições, no entanto, os grupos técnicos do Gabinete de Transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já iniciaram discussões sobre o congelamento dos processos, incluindo, além das empresas citadas, a Petrobras.