Cirurgião plástico é investigado por deformar corpo de pacientes na Bahia
Médico, que é alvo de 7 denúncias, também é suspeito de realizar procedimentos sem anestesia
Larissa Baracho
Diferentes mulheres de cidades da Bahia, como Salvador, Vitória da Conquista, Itabuna e Eunápolis denunciaram o cirurgião plástico Rossini Teobald Ruback, após terem complicações no pós-operatório e deformidades em suas cirurgias.
As pacientes também denunciam o profissional por realizar procedimentos sem anestesia. "Ele tirou minha prótese sem anestesia. Me deu um maço de gases para eu colocar na boca, para eu não gritar com a dor, e me suturou da mesma forma", lembra a ex-paciente Joana Tamandaré.
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Há cerca de 6 meses, outra vítima moradora de Salvador foi até a cidade de Itabuna fazer o procedimento de silicone na clínica do cirurgião. Ela relatou que a prótese batia no osso do pescoço e o peito apontava para o chão. "Quem é que bota silicone para ficar empurrando a mama com força, porque ele pedia para fazer com força", diz a vítima.
"Essas acusações, esses termos pejorativos dizendo que todas são vítimas, você está fazendo um julgamento sim, premeditado, sobre um determinado resultado. A minha defesa é que seja respeitado o devido processo legal", argumenta o advogado do cirurgião, Erick Achy.
"É muito leviano o advogado da parte do réu, futuro réu, afirmar de uma forma contundente que a culpa e a responsabilização são das vítimas. Ele tem obrigação de entregar o serviço da forma como foi acordada", rebate o advogado das pacientes, Gustavo Azevedo.
O Conselho Regional de Medicina da Bahia informou que já tomou conhecimento do caso, e que 7 denúncias contra Rossini Teobald Ruback foram protocoladas e estão sendo apuradas.
Já a Polícia Civil afirma que existem dois boletins de ocorrência contra o médico, sendo um de ameaça e outro de cirurgia mal sucedida, mas a apuração ainda será iniciada.
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