UE lança iniciativa para resgatar crianças ucranianas deportadas pela Rússia
Crime ganhou repercussão após Tribunal de Haia emitir mandado de prisão contra Putin
Camila Stucaluc
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, na 5ª feira (23.mar), uma iniciativa para resgatar as crianças ucranianas deportadas à força pela Rússia durante a guerra. A medida, segundo ela, acontece em parceria com o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, e da Organização das Nações Unidas (ONU).
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"O rapto de crianças é uma lembrança horrível dos momentos mais obscuros da nossa História o que está a acontecer lá na Ucrânia. Deportar crianças é um crime de guerra e, por isso, lançamos essa iniciativa. Vamos organizar uma conferência. É ainda o início e vai ser trabalho muito duro", disse a presidente da Comissão.
A deporatação ilegal de crianças ucranianas veio à tona após o Tribunal Penal Internacional emitir um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, pelo crime. A Corte alega que os jovens foram retirados à força das áreas ucranianas ocupadas pelos russos, sendo levados para Moscou. Acredita-se que 16,2 mil crianças foram deportadas.
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"Nosso objetivo é determinar o paradeiro dessas crianças. E pretendemos ajudar os órgãos da ONU e as organizações internacionais relevantes a obter informações melhores e mais completas sobre as crianças que foram deportadas para a Rússia. Isso inclui também as crianças que foram posteriormente adotadas ou transferidas para famílias adotivas russas", disse von der Leyen.