Polícia faz operação contra banco digital suspeito de pirâmide financeira
O prejuízo aos clientes pode chegar a R$ 100 milhões, de acordo com a investigação
SBT News
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação contra o banco digital Autibank, suspeito de promover pirâmide financeira. O prejuízo aos clientes pode chegar a R$ 100 milhões.
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Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao banco, acusado de dar golpe em mais de mil clientes em 13 estados e no Distrito Federal.
"Investi R$ 200 mil de capital próprio, uma vida de trabalho construída em 27 anos, mais R$ 150 mil de empréstimo bancário. Isso, hoje, está acabando com a minha saúde e minha família", diz uma das vítimas.
A isca para fisgar os investidores eram rendimentos mensais de até 10%, bem acima do mercado. Os clientes recebiam as parcelas por alguns meses, e depois, mais nada.
Os agentes apreenderam um caderno usado pela organização com o título: "táticas dos amassos", que contém dicas para convencer os indecisos.
"São fraudes, são golpes, induzem a pessoa a fazer investimento quando, na verdade, não há investimento algum", afirma o delegado Alan Luxardo.
Apesar de operar livremente, o autibank não tem cadastro no Banco Central. O Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu o inquérito da Polícia Civil e já encaminhou denúncia à Justiça, referente aos clientes lesados aqui no Rio de Janeiro.
O empresário Yuri Medeiros Corrêa foi apontado como o líder da organização criminosa. A polícia, agora, investiga empresas que captavam clientes para o Autibank. Muitas das vítimas fizeram empréstimos para poder investir no banco.
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