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Rival de Beira-Mar, Celsinho da Vila Vintém tem soltura prevista para esta 3ª

Um dos principais traficantes do Rio nos anos 90 responderá em liberdade pela invasão da Rocinha, em 2017

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Celsinho da Vila Vintém
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Está prevista para esta 3ª feira (18.out) a soltura de um dos principais e mais perigosos traficantes do Rio de Janeiro nos anos 1990. Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, cumpre pena no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, e, após decisão da Justiça, irá responder o processo em liberdade.

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Isso porque a única sentença que mantinha Celsinho preso em regime fechado era a condenação, em primeira instância, a 15 anos de cadeia por ter comandado a invasão da Rocinha, em 2017. No entanto, a sua participação foi colocada em dúvida depois que o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular da 11ª DP da Rocinha na época, foi alvo de busca e apreensão pelo Ministério Público do Estado do Rio durante investigação que faz parte da Operação Carta de Corso I e II e Águia na Cabeça, que prendeu o delegado Maurício Demétrio, ex-titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), e depois o ex-secretário de Polícia Civil do estado Allan Turnowski, por envolvimento com o jogo do bicho e por organização criminosa.

Com a suposta ajuda de Antônio Ricardo Lima Nunes, o delegado Maurício Demétrio teria negociado a transferência de Celsinho para uma penitenciária de Catanduvas, no Paraná, em setembro de 2017, para beneficiar o bicheiro Fernando Iggnácio, morto em uma emboscada em 2020. Desde a década de 1990, Iggnácio controlava uma empresa que explorava caça-níqueis na Zona Oeste do Rio, onde fica a Vila Vintém. 

Na última 3ª feira (11.out), a desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Câmara Criminal, já havia revogado a prisão, dando direito ao acusado de responder em liberdade, mas Celsinho permaneceu preso porque possuía outras pendências judiciais. Em decisão proferida na 2ª feira (17.out), o juiz da Vara de Execuções Penais, Marcello Rubioli, decidiu que o preso poderá recorrer em liberdade. "Não havendo pena privativa de liberdade a ser cumprida definitivamente, e, revogada a prisão preventiva mantida negando direito de recorrer em liberdade, não se suporta mais a enxovia no presente feito, importando na imediata expedição de alvará de soltura em beneplácito do reeducando", disse na decisão.

Celsinho é um dos fundadores da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA) e está na cadeia desde 2002, tendo sido preso pela primeira vez em 1994. Ele responde por crime de roubo a banco, homicídios, e comércio de entorpecentes, e chegou a obter a progressão do regime fechado para o semiaberto em janeiro de 2021. Mas não havia deixado a prisão pelo histórico de fugas.

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