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Jornalismo

Médicos do DF realizam procedimento inédito em bebê prematura

Intervenção serve para fechar vaso que permaneceu aberto devido ao nascimento prematuro

Imagem da noticia Médicos do DF realizam procedimento inédito em bebê prematura
Bebê está no carrinho e usa rosa. Mãe está olhando para ela
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Médicos realizaram um procedimento médico inédito em uma bebê, que nasceu prematura e com um problema no coração. O procedimento é considerado menos invasivo e foi um sucesso. Depois de passar mais de três meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, a menina, agora, está bem e em casa com os pais.

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A espera por Emanuelly terminou bem antes da hora: a menina veio ao mundo com 30 semanas de gestação. Prematura moderada, foi diagnosticada com persistência do canal arterial - que aumenta o fluxo de sangue com sobrecarga para os pulmões e o coração, com riscos de problemas neurológicos e intestinais. Bebês que nascem com essa condição precisam de cirurgia, quando não respondem ao tratamento médico. É aí que entra toda a inovação para casos como o de Emanuelly para reduzir os riscos de uma intervenção mais invasiva. Esse procedimento nunca tinha sido realizado no Distrito Federal.

"Nesse caso, para evitar a cirurgia foi realizado um procedimento menos invasivo por uma pulsão da veia da virilha. Passamos um catéterzinho até o coração e aí por dentro do canal arterial colocamos esse dispositivo especial que ocluiu o canal arterial. Procedimento de menos risco, de evolução menor e assim depois de algumas semanas, a pequena Emanuelly evoluiu bem, ganhou peso, saiu do oxigênio e pode voltar para o convívio da família em casa e continuar o seu acompanhamento ambulatorial.", explica o médico Maurício Jaramillo.

O procedimento é uma intervenção médica para fechar um vaso que permaneceu aberto devido ao nascimento prematuro. Em crianças que nascem na época certa, isso ocorre naturalmente. No caso da Emanuelly, foi preciso um empurrãozinho da medicina. Thaís Carneiro acompanhou a filha bem de pertinho. Ficou apreensiva e ao mesmo tempo esperançosa com essa inovação.

"A gente tava aliviado que ela ia melhorar, porém a gente ficou apreensivo porque a gente não tinha ninguém pra poder saber que deu certo, para se espelhar", afirma a mãe da bebê.

A bebê está entre mais de 3200 prematuros que nasceram no Distrito Federal entre janeiro e junho desse ano. O procedimento dela foi realizado em um hospital particular de Taguatinga, em fevereiro de 2022. Depois da cirurgia, Emanuelly ainda enfrentou 98 dias de UTI neonatal, para só então poder ir para casa.

Em casa, com a família, os cuidados com a Emanuelly são redobrados. O que não impede que a neném seja paparicada por todos, inclusive pela irmã mais velha, que está visivelmente apaixonada. Mesmo precisando de acompanhamento, o medo ficou para trás. Agora é só gratidão e alívio.

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