Guerra na Ucrânia é maior desafio para economia mundial, diz EUA
Efeitos do conflito atingem principalmente o preço da energia e dos alimentos
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou, nesta 5ª feira (14.jul), que a guerra na Ucrânia representa a maior ameaça para a economia mundial. Segundo ela, a invasão russa no país provocou uma disparada da inflação justamente no momento em que o mercado global começava a se recuperar dos impactos da pandemia de covid-19.
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"Os efeitos negativos da guerra são sentidos em todas as partes do mundo, especialmente no que diz respeito ao aumento dos preços da energia e a crescente insegurança alimentar. A comunidade internacional deve ter uma visão clara sobre responsabilizar [o presidente russo Vladimir] Putin pelas consequências econômicas e humanitárias globais", disse Yellen.
A secretária reforçou que continuará pressionando os países aliados no G20 para impor mais restrições contra Moscou, principalmente sobre o petróleo russo. Tais medidas têm como objetivo enfraquecer a economia do Kremlin e dificultar o investimento em equipamentos e suprimentos militares, obrigando Putin a encerrar a ofensiva.
Na manhã de 4ª feira (13.jul), representantes russos e ucranianos se encontram na Turquia para discutir o atual bloqueio às exportações de grãos. A interrupção das cargas começou após forças russas ocuparem a cidade portuária de Mariupol, no sul do país, fazendo com que toneladas de grãos fossem bloqueadas.
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O cenário vem intensificando a situação de insegurança alimentar global, uma vez que a Ucrânia é um dos maiores exportadores mundiais de trigo e outros cereais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os países localizados na África e Ásia são os principais prejudicados pela falta de oferta.