OMS: Número de casos de covid-19 aumenta 18% no mundo
De acordo com a agência de saúde, os casos estão aumentando em 110 países, impulsionados pelas variantes ômicron BA.4 e BA.5.
O número de novos casos de coronavírus aumentou 18% na última semana, com mais de 4,1 milhões de casos relatados globalmente, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O maior aumento semanal de novos casos foi registrado no Oriente Médio, com alta de 47%, de acordo com o relatório divulgado nesta 4ªfeira (29.jun) pela agência de saúde da ONU. As infecções aumentaram cerca de 32% na Europa e no Sudeste Asiático e cerca de 14% nas Américas. O número de mortes, no entanto, permaneceu relativamente semelhante ao da semana anterior, em cerca de 8.500, com aumento em três regiões: Oriente Médio, Sudeste Asiático e Américas.
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De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os casos estão aumentando em 110 países, impulsionados, principalmente, pelas variantes ômicron BA.4 e BA.5.
"Esta pandemia está mudando, mas não acabou", afirmou Tedros durante coletiva de imprensa. Ele disse que a capacidade de rastrear a evolução genética da covid-19 está "sob ameaça" à medida que os países relaxam os esforços de vigilância e sequenciamento genético, alertando que isso torna mais difícil capturar novas variantes emergentes e potencialmente perigosas.
O diretor-geral pediu que os países imunizem suas populações mais vulneráveis, incluindo profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos, dizendo que centenas de milhões permanecem não vacinados e correm risco de contrair doenças graves e até de morte.
Embora mais de 1,2 bilhão de vacinas tenham sido administradas globalmente, a taxa média de imunização nos países pobres é de cerca de 13%. "Se os países ricos estão vacinando crianças a partir dos 6 meses de idade e planejando fazer novas rodadas de vacinação, é incompreensível sugerir que os países de baixa renda não devem vacinar e aumentar seu maior risco (pessoas)", afirmou Tedros.
De acordo com números compilados pela Oxfam e pela People's Vaccine Alliance, menos da metade dos 2,1 bilhões de vacinas prometidas aos países mais pobres pelo G7 (grupo das sete principais economias do mundo) foram entregues.
*Com informações da Associated Press