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Corregedoria pede prisão de 6 policiais envolvidos em falsa blitz

Operação, que também teve participação de 3 agentes do Inep, terminou com a morte de 2 pessoas

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A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo pediu, nesta 4ª feira (27.abr), a prisão preventiva de 6 policiais e 3 agentes do Instituto Nacional de Defesa e Promoção à Pessoa, envolvidos em uma falsa blitz, que terminou com morte de duas pessoas, no dia 25 de novembro do ano passado, na zona leste da capital paulista.

Naquela madrugada, os policiais mataram o mecânico Guilherme Tibério Lima e o catador de material reciclável José Domingos dos Santos. Guilherme passava de carro pelo local, sem perceber a tal barreira policial, e foi baleado nas costas. O primo dele, que também estava no veículo, ainda foi espancado.

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José Domingos, que estava na calçada, levou um tiro na cabeça. Uma terceira pessoa também ficou ferida. Ao todo, foram 30 tiros disparados pelos policiais e os agentes do Indep - os chamados gansos, uma espécie de polícia paralela, que age em São Paulo. De acordo com a investigação, os agentes ainda alteraram a cena do crime: recolheram cápsulas e colocaram uma arma de brinquedo na mão do mecânico, para fazer com que ele se passasse por um suposto criminoso.

Foram expedidos mandado de prisão contra os investigadores Marcelo Roberto Ruggieri, o chefe da operação, Caio Vinícius Fernandes da Silva, Giancarlo Cecconi, Marcos Vinícius dos Santos, Renato Buíque Lopes e Felipe Bassalha Fernandes.

A corregedoria também pediu que sejam detidos preventivamente os gansos: Ronaldo Gomes Correa, Evandro Dantas Conde e Luiz Antônio dos Santos Cordeiro.

O ouvidor da polícia de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, defende não só a prisão dos acusados, mas também a demissão dos policiais civis. "A conduta dele foi devera ilegal. A verdade é que eles cometeram crime, eles evidentemente não podem estar no quadro da polícia", afirma o ouvidor.

A Corregedoria solicitou ainda que a Justiça decrete o encerramento das atividades do Indep. A Polícia Civil conclui, no inquérito, que o instituto deve ser fechado imediatamente por causa dos "desvios de finalidade" e das "graves irregularidades" cometidas por seus integrantes durante a operação policial. A conclusão da corregedoria ainda será analisada pelo Ministério Público antes que a Justiça se manifeste.

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