STF nega recurso e confirma condenação definitiva de Sérgio Nahas pela morte da esposa em 2002
Pena foi definida em 8 anos e 2 meses e não há mais possibilidade de recurso

SBT News
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta segunda-feira (16) o recurso da defesa de Sérgio Nahas, condenado a 8 anos e 2 meses de prisão pela morte da esposa, Fernanda Orfali, em 2002, no apartamento onde viviam, em São Paulo.
Inicialmente, Nahas foi condenado em 2018 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, com pena inferior, de 7 anos em regime semiaberto. No entanto, a Procuradoria recorreu e, na revisão feita pelo STF, a pena foi ampliada. Com a decisão, o processo chegou ao fim e não pode mais ser contestado na Justiça. O ministro Dias Toffoli, relator do caso, destacou que a Turma do STF rejeitou por unanimidade os embargos apresentados pela defesa.
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Segundo a acusação, o empresário matou Fernanda após ela descobrir traições e o uso de drogas. Ela havia decidido se separar, mas ele não aceitava dividir os bens do casal, o que teria motivado o crime.
Apesar disso, o empresário ainda responde em liberdade.
Relembre o caso
Segundo a acusação, Nahas matou Fernanda após ela descobrir que ele a traía e fazia uso de drogas. De acordo com o promotor Fernando Bolque, o empresário também temia a divisão de bens, já que a vítima cogitava pedir o divórcio.
Testemunhas e laudos apontam que Fernanda se refugiou no closet do apartamento, tentando se proteger. Nahas teria arrombado a porta e atirado duas vezes. Um laudo da perícia indicou que o primeiro disparo atingiu a mulher, enquanto o segundo foi feito em direção à janela.
Fernanda passava por tratamento contra a depressão. A defesa do réu argumenta que diários da vítima indicavam pensamentos suicidas. No entanto, a Polícia Científica não encontrou vestígios de pólvora nas mãos dela — elemento crucial em casos de suicídio por arma de fogo. A defesa, por sua vez, alegou que o modelo da pistola usada não deixaria resíduos nas mãos, apenas nas roupas.
Nahas chegou a ser preso por porte ilegal da arma, mas foi solto após 37 dias por decisão judicial.
