Laudo de celulares traz novas revelações sobre morte de líder do PCC
Inquérito sobre a morte de dois traficantes da facção criminosa já está na reta final
SBT Brasil
Um laudo da inteligência do Departamento de Homicídios de São Paulo trouxe novas revelações sobre o assassinato do líder do PCC. A quebra de sigilo telefônico permitiu às autoridades descobrir onde estavam os suspeitos no momento do crime.
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O inquérito sobre a morte dos traficantes Anselmo Santa Fausta, homem forte da facção PCC, e do parceiro dele, Antônio Corona Neto, conhecido como Sem Sangue, já está na reta final. Eles foram assassinados em uma emboscada, na zona leste de São Paulo, em 27 de dezembro de 2021.
A polícia analisou os celulares do executor, Noé Alves, do agente penitenciário David Moreira da Silva e do empresário Antônio Vinícius Gritz, investigado como mandante do crime. Poucos momentos antes das mortes, o celular de Noé Alves recebeu mensagens de SMS e uma ligação a 700 metros do local do crime. Dias depois, o executor foi morto pelo PCC. O corpo foi esquartejado e a cabeça deixada na mesma praça onde as mortes ocorreram.
O laudo mostra que David Moreira também estava na região dos assassinatos. Ele recebeu diversas ligações e, em uma delas, o celular dele estava a 750 metros do ponto exato das mortes. O agente penitenciário, que está preso e nega envolvimento, era amigo e vizinho de Noé, e fazia trabalhos de segurança para o empresário investigado.
Contudo, ao contrário do que o Departamento de Homicídios esperava, a quebra do sigilo telefônico não conseguiu colocar o suposto mandante das mortes no local do crime, mas o celular dele foi usado em outros momentos, considerados suspeitos pela polícia.
A investigação está em sigilo e, sem fazer alarde, o Departamento de Homicídios soltou um outro investigado no caso, apontado pelo próprio DHPP como integrante do crime organizado. Robinson Granger Moura, o Moly, foi libertado pela Justiça com a concordância da Polícia Civil.