Polícia fecha clínica de aborto clandestino em bairro nobre de SP
Ex-médico que realizava os procedimentos já foi preso outras vezes pelo mesmo crime
SBT Brasil
A Polícia Militar realizou, nesta 5ª feira (17), uma operação em uma clínica de aborto clandestino em um bairro nobre da capital paulista. O local foi encontrado após uma denúncia anônima.
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O estabelecimento, que funcionava no oitavo andar de um prédio comercial, na Avenida Angélica, Zona Oeste de São Paulo, foi fechado e o ex-médico, que realizava os procedimentos, detido.
O delegado responsável pela ação conta que, ao entrarem local, os PMs encontraram o dono da clínica ao lado de uma jovem, de 24 anos, sedada, em uma maca. A princípio, o suspeito teria se identificado como um acupunturista. "Aguardaram a sedação passar. Quando a moça acordou, ela disse que realmente havia ido ao local realizar um aborto, haja vista uma gravidez indesejada", relatou o delegado Percival Alcântara.
Grávida de quatro meses, a mulher revelou que havia pago R$ 4 mil pelo procedimento. "Após 3 a 4 dias, ela teria um aborto espontâneo. E aí era só procurar um pronto-socorro, fazer a curetagem, e o crime estava perfeito", explica Alcântara. Além da jovem e do ex-médico, também foi presa em flagrante a secretária da clínica.
Segundo os policiais, a ficha criminal do dono do estabelecimento já era longa. Aos 72 anos, Nelson Takara Ochimura foi investigado pelos crimes de aborto, falsidade ideológica, adulteração de medicamentos e exercício ilegal da medicina.
Em 2004, o ex-médico teve o registro profissional cassado depois de ser acusado pelo mesmo crime. Além disso, desde 1980, Ochimura já foi preso diversas vezes pela prática de abortos ilegais.
Agora, a polícia tenta identificar outras pacientes que realizaram o procedimento na clínica clandestina recentemente.
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