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Jornalismo

Fiocruz aponta como "prematura" flexibilização do uso de máscaras

Segundo os pesquisadores, o abandono do uso do item não protege a população de uma nova onda

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Pessoa sendo vacinada contra a covid-19
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A flexibilização das medidas de proteção contra a covid-19, como o uso de máscaras em ambientes fechados, foi apontada como prematura pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em relatório divulgado na 6ª feira (11.mar) pelo Observatório da Covid-19. De acordo com os pesquisadores, as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica da transmissão da doença.

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"Flexibilizar medidas como o distanciamento físico (controlado pelo uso do passaporte vacinal) ou o abandono do uso de máscaras de forma irrestrita colabora para um possível aumento, e não nos protege de uma nova onda", observou um relatório divulgado pela instituição. Segundo os pesquisadores, o ideal é que a população continue adotando os cuidados de proteção, como o uso de máscaras, higienização das mãos e evitar locais com aglomerações. No documento, a instituição lembra um estudo recente, que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%.

"O custo humano para chegarmos ao patamar atual foi a perda de 650 mil pessoas, desnecessariamente. Dito isso, reforçamos que o relaxamento prematuro das medidas protetivas, assim como não investir na motivação da população sobre a vacinação, significa abandonar a história de tantas vidas perdidas", destacam os pesquisadores. "Portanto, é importante garantir que as medidas de relaxamento sejam adotadas em tempo oportuno, sob risco de retrocesso nos ganhos obtidos no arrefecimento da pandemia".

A Fiocruz ainda lembra a importância dos adultos tomarem a dose de reforço da vacina, completando que "a vacinação por si só não é suficiente para controlar a pandemia e prevenir mortes e sofrimento, é fundamental que se mantenha um conjunto de medidas combinadas até que o patamar adequado de cobertura vacinal da população alvo seja alcançado".

"Durante a onda da Ômicron, os países que têm maiores parcelas da população com dose de reforço apresentaram uma redução substancial das hospitalizações em relação aos casos confirmados de covid-19. No Brasil, a dose de reforço já foi aplicada em 31,2% da população. O esquema em duas doses se encontra em um patamar de 73%. É  fundamental, portanto, avançar na cobertura vacinal com as três doses para a população elegível até o momento (adultos acima de 18 anos)", acrescenta o boletim.

*Com informações da Agência Brasil

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