Otan reforça danos e pede que Rússia retire tropas imediatamente
Conflito militar na Ucrânia chega ao nono dia e já deixa mais de 1 milhão de pessoas refugiadas
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que os próximos dias de conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia devem ser piores, com mais mortes, destruição e sofrimento. Durante pronunciamento nesta 6ª feira (4.mar), o líder pediu novamente para a Rússia retirar todas as forças militares do país e escolher uma saída diplomática.
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"Vínhamos avisando por meses que a Rússia iria invadir a Ucrânia e, por isso, todos os membros da Otan tentaram e continuam tentando realizar acordos diplomáticos para deter a operação militar. Essa é uma guerra do presidente [Vladimir] Putin. Uma guerra que ele planejou e levou a um país pacifico. Pedimos a Putin que pare imediatamente e retire suas forças militares", disse Stoltenberg.
Ele também voltou a reforçar que os países-membros da Otan apoiam a Ucrânia, mas que não podem participar diretamente do conflito. "Já mantemos soldados, armamento e navios de prontidão para defender o bloco, mas nós não estamos procurando guerra com a Rússia. Caso a organização entrasse no conflito, a guerra envolveria muito mais países e a destruição seria sem precedentes", explicou.
Como medidas restritivas, Stoltenberg informou que as nações estão impondo cada vez mais sanções contra o governo russo, mas que os impactos serão sentidos especialmente a longo prazo. Além disso, todos os países, bem como organizações estão trabalhando para que negociações diplomáticas sejam acordadas o mais rápido possível entre ambos os líderes, evitando maiores perdas.
"Eu gostaria de elogiar a coragem do povo ucraniano que está enfrentando as forças russas. É por isso, também, que nós continuamos nos esforçando. Estamos aumentando a implementação de sanções e reforçando as negociações diplomáticas com a Rússia. Todos os membros da Otan aumentaram o apoio à Ucrânia para tentar sustentar o direito do país de autodefesa, assim como está descrito na Carta da ONU", ressaltou o diretor-geral, citando também o acordo dos corredores humanitários.
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Ele finalizou dizendo que a organização continuará monitorando de perto a situação na Ucrânia e enviando todo o auxílio necessário.
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