Possíveis vítimas querem identificar relógios de luxo apreendidos em SP
Ex-ministro Aguinaldo Ribeiro teria reconhecido relógios furtados da casa dele entre os apreendidos
Um dia depois da Operação Diamante de Sangue, que apreendeu 105 relógios de luxo, sem nota fiscal, em São Paulo e Minas Gerais, dezenas de pessoas estão entrando em contato com a polícia para informar que tiveram esses artigos roubados recentemente.
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O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ex-ministro das Cidades no governo Dilma, teve o apartamento roubado em novembro, em João Pessoa. Os criminosos levaram 23 relógios, avaliados em R$ 1 milhão. O delegado paraibano responsável pelo caso pediu ao Ministério Público paulista (MPSP) informações sobre o material confiscado na Diamante de Sangue. Em nota, a assessoria de imprensa de Ribeiro disse não saber sobre eventual identificação de relógios encontrados e esperar que a polícia possa localizar os itens do parlamentar.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP, que participou da operação na 4ª feira (26.jan), indivíduos que tiveram relógio levado por criminoso e desejam conferir se o objeto está entre os 105 apreendidos devem registrar a ocorrência na Polícia Civil, ou seja, relatar à corporação quando e onde ocorreu o crime, além de qual era a marca, o modelo e o número da série do item; e enviar, depois, uma cópia do boletim de ocorrência para o e-mail gaeco.saopaulo@mpsp.mp.br, acompanhada de cópia de documento de identificação pessoal (RG, identidade funcional, CNH ou similar) e telefone para contato.
O Gaeco acrescenta que, terminadas essas duas etapas, fará "pesquisas preliminares e, caso constate a possibilidade de o relógio ter sido apreendido, entrará em contato para agendamento de oitiva e para formalização de reconhecimento de objeto".
O resultado das pesquisas serão informados aos interessados mesmo que forem negativos. Outras diligências estão sendo feitas pelo MPSP para identificar possíveis vítimas. Dentre os 105 relógios apreendidos na Operação Diamante de Sangue, 81 estavam em uma loja, em um shopping de um bairro nobre da capital paulista. A Royale Watches, empresa responsável pelo estabelecimento, afirmou que "vem colaborando com a Justiça para elucidação de um caso inédito em suas atividades".
A investigação começou depois que um relógio avaliado em mais de R$ 70 mil foi apreendido. O artigo de luxo pertence a um promotor de justiça do estado e foi roubado por dois homens armados no dia 12 de dezembro em Osasco, na Grande São Paulo. O promotor fez uma busca na internet e suspeitou de um item idêntico à venda no site da loja e, então, foi até o estabelecimento e constatou que o número de série era o mesmo. A Royale Watches afirmou que teve conhecimento do roubo somente pelo cliente.
Veja imagens de objetos apreendidos na 4ª feira:
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