Crianças são vítimas de violência entre quadrilhas rivais em Macapá
Menino brincava de bicicleta em uma rua próximo da casa do tio quando foi baleado
SBT Brasil
Em menos de uma semana, moradores do Amapá enterraram os corpos de duas crianças, vítimas da violência entre quadrilhas rivais pelo domínio do tráfico de drogas, na capital, Macapá. O caso mais recente é de Yalisson Andrade de Moura, de 9 anos, que foi atingido no peito por um tiro no início da noite de domingo (19.set).
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O menino brincava de bicicleta em uma rua próximo da casa do tio, onde a família costuma se reunir aos finais de semana, a 200 metros da residência dos pais. "A hora que começou os disparos naquela esquina lá e o Yalisson tava nessa posição aqui e o irmão dele aí na frente. Foi na hora que a gente viu e eu falei é tiro", relatou o tio da vítima, Creuzimar Moraes.
Os familiares tentaram socorrer Yalisson, mas ele não resistiu, morreu a caminho do hospital. Emocionado, o pai, Luis Trindade, condenou a violência que tirou a vida do filho: "a gente quer saber quantas crianças vão ter que morrer para que as autoridades possam tomar uma providência. A gente fica à mercê aqui da bandidagem".
A Polícia Civil investiga o caso e já tem informações dos criminosos. De acordo com o delegado Dante Ferreira, houve "provavelmente quatro ou cinco disparos segundo relatos das pessoas que estavam no local [do crime]".
O velório causou muita comoção em todo o estado. A primeira criança vítima da violência no Amapá foi Ana Júlia, de 5 anos, morta por uma bala perdida no município de Santana, a 17 km de Macapá. Ela caminhava numa passarela e comia uma fatia de bolo quando foi atingida, no último dia 15 de setembro. No dia seguinte, a polícia prendeu o suspeito e as investigações apontam para o mesmo motivo da morte de Yalisson: troca de tiros entre os bandidos.
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