Covid-19: casos de síndrome respiratória aguda mantêm sinal de estabilidade

Os casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentaram um indicativo de interrupção, queda e estabilidade durante as últimas seis semanas no país. O levantamento é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na tarde de 5ª feira (9.set).

Na evolução por faixa etária, observa-se que os casos de SRAG entre crianças e adolescentes foram estabilizados, registrando um patamar significativamente elevado em comparação ao histórico da pandemia. Já os grupos de 60 anos ou mais apresentam estabilização similar a outubro de 2020, quando foi registrado o valor mais baixo no dado nacional.

"A medida que a idade diminui é nítido que o patamar de estabilização é relativamente mais alto em comparação com os valores registrados em 2020. Enquanto a redução expressiva no número de casos de SRAG na população idosa é reflexo do impacto da campanha de vacinação escalonada, a estabilização em valores relativamente mais altos na população mais jovem é reflexo da manutenção de transmissão elevada na população em geral", destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

A Fiocruz informa que regiões como Acre, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo apresentam sinal de estabilidade nas contaminações em tendência de longo (últimos seis meses) e curto prazo (últimos três meses). Além disso, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo.

No entanto, Estados como Bahia, Espírito Santo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rondônia apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo.

A análise, que se refere a semana de 29 de agosto a 4 de setembro, alerta ainda sobre a importância de retomar a testagem de demais vírus respiratórios, especialmente em crianças.