Quase metade do tráfego da internet é gerado por bots

Quase metade dos acessos à internet é feita por bots -- programas automáticos que executam tarefas configuradas --, ou apenas robôs. Destes, 65% são robôs maliciosos, que podem ser prejudiciais aos seus dados e ao seu dispositivo. É o que aponta o relatório State of the Internet (SOTI), da Akami Technologies, consultoria que analisa as ameaças de segurança digital nas empresas e organizações.

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O documento mostra que o setor de comércio eletrônico é o mais afetado por esses bots danosos, pois eles interferem nas aplicações web voltadas à geração de receita.

Chamados também de web scrapers, são programas úteis para os negócios e outras tarefas, como os bots do Google que servem para indexar páginas que ajudam o usuário em uma pesquisa.

No entanto, esses bots podem ser programados para atividades ilícitas, como espionagem, inteligência competitiva, sabotagem cibernética, criação de sites impostores que atrapalham a experiência do usuário na internet e trazem prejuízos às empresas e aos clientes.

A inteligência artificial tem contribuído com o espalhamento desses bots. A IA ajuda a aprimorar a função da raspagem de dados e de conteúdos não estruturados desses robôs, aprimorando a estratégia inteligente na tomada de decisão nos negócios.

Esses bots também realizam phishing de forma mais eficiente, usando imagens, descrições e informações sobre preços para a criação de lojas virtuais falsas ou sites maliciosos que roubam dados e informações de cartões de crédito das vítimas dessas páginas criminosas.

O estudo aponta que os bots facilitam na criação de novas contas fraudulentas, sendo responsáveis por 50% das perdas por esse tipo de crime.

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Os bots que fazem a raspagem de dados também podem atrapalhar o desempenho dos sites, os dados de métricas de acesso, além dos aumentos nos custos da infraestrutura de computação.