Caso Porsche: polícia abre novo inquérito para investigar parentes de Fernando Sastre
Justiça quer saber se familiares de motorista de carro de luxo esconderam garrafas de bebida antes da perícia
Emanuelle Menezes
A Polícia Civil abriu um novo inquérito nesta segunda-feira (1º), a pedido da Justiça de São Paulo, para investigar os familiares de Fernando Sastre Filho, condutor do Porsche que atingiu um outro veículo na madrugada de 31 de março, na zona leste da capital paulista, causando a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana.
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Os policiais vão apurar o crime de fraude processual. Eles devem investigar se os parentes do motorista do carro de luxo retiraram e esconderam garrafas de bebida alcoólica antes da perícia ser realizada no veículo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, "o 30° Distrito Policial (Tatuapé), em cumprimento à requisição judicial, instaurou um inquérito, na segunda-feira (1), para apurar crime de fraude processual envolvendo familiares do indiciado. Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos".
Fernando Sastre está preso desde o dia 6 de maio. O dono do Porsche é réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. Ele é acusado de beber e dirigir a mais de 100 km/h, causando o acidente que matou Ornaldo, de 52 anos, e feriu Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo que estava no banco do carona do carro de luxo.
Na época do acidente, testemunhas que presenciaram a batida disseram à Polícia que o motorista do Porsche apresentava sinais de embriaguez, tinha a voz pastosa (lenta, arrastada), estava cambaleando e não sabia dizer o que estava acontecendo. Fernando nega que tenha bebido antes de dirigir.
